A NOTÍCIA DO LANÇAMENTO NA INTERNET DA WDL, A BIBLIOTECA DIGITAL MUNDIAL.
QUE PRESENTE DA UNESCO PARA A HUMANIDADE INTEIRA !!!
Já está disponível na Internet, através do site www.wdl.org
É uma notícia QUE NÃO SÓ VALE A PENA REENVIAR MAS SIM É UM DEVER
ÉTICO, FAZÊ-LO!
Reúne mapas, textos, fotos, gravações e filmes de todos os tempos e
explica em sete idiomas as jóias e relíquias culturais de todas as
bibliotecas do planeta.
Tem, sobre tudo, carácter patrimonial" , antecipou em LA NACION
Abdelaziz Abid, coordenador do projecto impulsionado pela UNESCO e
outras 32 instituições. A BDM não oferecerá documentos correntes, a
não ser "com valor de património, que permitirão apreciar e conhecer
melhor as culturas do mundo em idiomas diferentes: árabe, chinês,
inglês, francês, russo, espanhol e português. Mas há documentos em
linha em mais de 50 idiomas".
Entre os documentos mais antigos há alguns códices precolombianos,
graças à contribuição do México, e os primeiros mapas da América,
desenhados por Diego Gutiérrez para o rei de Espanha em 1562",
explicou Abid.
Os tesouros incluem o Hyakumanto darani , um documento em japonês
publicado no ano 764 e considerado o primeiro texto impresso da
história; um relato dos azetecas que constitui a primeira menção do
Menino Jesus no Novo Mundo; trabalhos de cientistas árabes desvelando
o mistério da álgebra; ossos utilizados como oráculos e esteiras
chinesas; a Bíblia de Gutenberg; antigas fotos latino-americanas da
Biblioteca Nacional do Brasil e a célebre Bíblia do Diabo, do século
XIII, da Biblioteca Nacional da Suécia.
Fácil de navegar:
Cada jóia da cultura universal aparece acompanhada de uma breve
explicação do seu conteúdo e seu significado. Os documentos foram
passados por scanners e incorporados no seu idioma original, mas as
explicações aparecem em sete línguas, entre elas O PORTUGUÊS. A
biblioteca começa com 1200 documentos, mas foi pensada para receber um
número ilimitado de textos, gravados, mapas, fotografias e
ilustrações.
Como se acede ao sítio global?
Embora seja apresentado oficialmente na sede da UNESCO, em Paris, a
Biblioteca Digital Mundial já está disponível na Internet, através do
sítio:
www.wdl.org
O acesso é gratuito e os usuários podem ingressar directamente pela
Web , sem necessidade de se registrarem.
Permite ao internauta orientar a sua busca por épocas, zonas
geográficas, tipo de documento e instituição. O sistema propõe as
explicações em sete idiomas (árabe, chinês, inglês, francês, russo,
espanhol e português), embora os originas existam na sua língua
original.
Desse modo, é possível, por exemplo, estudar em detalhe o Evangelho de
São Mateus traduzido em aleutiano pelo missionário russo Ioann
Veniamiov, em 1840. Com um simples clique, podem-se passar as páginas
de um livro, aproximar ou afastar os textos e movê-los em todos os
sentidos. A excelente definição das imagens permite uma leitura cómoda
e minuciosa.
Entre as jóias que contem no momento a BDM está a Declaração de
Independência dos Estados Unidos, assim como as Constituições de
numerosos países; um texto japonês do século XVI considerado a
primeira impressão da história; o jornal de um estudioso veneziano que
acompanhou Fernão de Magalhães na sua viagem ao redor do mundo;
o original das "Fábulas" de Lafontaine, o primeiro livro publicado nas
Filipinas em espanhol e tagalog, a Bíblia de Gutemberg, e umas
pinturas rupestres africanas que datam de 8.000 A.C.
Duas regiões do mundo estão particularmente bem representadas:
América Latina e Médio Oriente. Isso deve-se à activa participação da
Biblioteca Nacional do Brasil, à biblioteca de Alexandria no Egipto e
à Universidade Rei Abdulá da Arábia Saudita.
A estrutura da BDM foi decalcada do projecto de digitalização da
Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, que começou em 1991 e
actualmente contém 11 milhões de documentos em linha.
Os seus responsáveis afirmam que a BDM está sobretudo destinada a
investigadores, professores e alunos. Mas a importância que reveste
esse sítio vai muito além da incitação ao estudo das novas gerações
que vivem num mundo audio-visual.
quinta-feira, 11 de março de 2010
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Reflexão final de Nuno Domingues
Fazendo uma retrospectiva daquilo que para mim representa a elaboração do meu PRA, cumpre-me dizer o seguinte:
Após duas tentativas para o fazer o dito, mas sem sucesso, encontro, na derradeira oportunidade, uma profissional que pela sua postura, pela sua vastíssima cultura aliada a uma inteligência notável, conseguiu mobilizar a minha pessoa e incentivar-me a terminar o meu PRA.
Para mim, concluir esta etapa, representa, tendo em conta a “dimensão” da minha pessoa, o concretizar de um sonho. Provavelmente, dirão que tenho projectos pouco ambiciosos, cujo pensamento é demasiado pequeno, mas tal no meu entender, não corresponde à verdade…
Para além de valorizar as minhas competências, estou também a aumentar, evidentemente, a minha auto estima e, consequentemente, a minha qualidade de vida.
Registo com agrado o crescendo entusiasmo, da minha parte, durante todo o processo.
Espero ser detentor de mais uma ferramenta para enfrentar novos desafios.
No entanto, apesar de todas as mais valias que representa a realização do PRA para os cidadãos e das dificuldades na sua elaboração, todo o processo suscita-me algumas dúvidas.
Parece-me pertinente fazer aqui uma pequena reflexão!
Em primeiro lugar, todo este processo deu emprego a muitos profissionais que merecem todo o respeito, para além da muita satisfação que proporciona aos muitos adultos já certificados.
Importámos um modelo de avaliação com vista a qualificar uma população, com um baixo grau de instrução.
Tudo isto me parece positivo mas, no meu modesto entendimento, tudo se resume a estatísticas!
Não tenho dúvidas que, mais cedo ou mais tarde, vai servir de “arma de arremesso” numa qualquer campanha eleitoral!
Alguém vai dizer que, conseguimos certificar milhares de portugueses!
De que forma, pergunto eu?
Das inúmeras histórias de vida que os muitos profissionais já leram, quantas e quantas vezes não se terão já eles questionado: “Como posso eu validar competências a este adulto?”
De salientar que, através deste processo, ninguém reprova, mas das duas uma, ou os adultos têm consciência das suas limitações e desistem ou, adultos e profissionais são vencidos pelo cansaço e os formadores acabam por validar as competências sem muita exigência. Todavia, também tenho consciência de que este processo possa ser o mais indicado para o perfil de determinados adultos que aprenderam bastante na escola da vida e daí, com facilidade, consigam retirar as competências que o referencial deste nível escolar exige.
Os próprios centros têm objectivos a cumprir em termos de adultos inscritos e certificados. Portanto, estamos a falar de estatísticas!
Comparativamente ao grau de dificuldade exigido no vulgo ensino, será correcto, poderemos falar de facilitismo?
Certamente que os profissionais tiveram imenso prazer ao ler histórias muito bem contadas, umas com algum sarcasmo, outras irónicas, outras verdadeiras peças de teatro, mas que lhes deu ânimo para ler outras tantas de bradar aos céus.
Ao invés de adoptarmos este procedimento, porque não políticas de verdade na prevenção do abandono escolar, no acompanhamento dos jovens desde muito cedo, com gabinetes na escola com técnicos especializados para acompanhar os alunos. É que não adianta remendarmos as situações. Já diz o velho ditado: “Depois de casa roubada, trancas à porta”.
Questiono-me: Consideram que desta forma vamos ter ensino de qualidade? Vão os adultos singrar?
Se assim for, posso colocar a seguinte questão:
Para quê andar doze anos a estudar, se mais tarde posso fazer tudo em pouco mais de seis meses?
Quanto a mim é urgente (e tal como se diz num português calão “agarrar o toiro pelos cornos”) e investir na educação.
Se queremos que todo este povo com alma lusitana, com espírito descobridor, ocupe, a nível europeu, um dos lugares cimeiros no que toca ao grau de instrução, temos de evoluir.
Não podemos ser uma nação que importa métodos para colmatar os nossos erros, aprender com eles é preciso.
Já agora porque não importamos outras políticas, a nível de sistema de saúde por exemplo, como numa Alemanha ou França, ou mesmo políticas sociais?! Pois… isto agora já não interessa, iria remeter-nos para uma outra temática que daria “pano para mangas” para mais uma reflexão.
Convicto de que vivemos, ainda, num Estado de Direito, estou certo de que as minhas críticas não passem disso mesmo, uma vez que todos, sem excepção, têm direito a fazê-las, desde que apresentem argumentos válidos e, eventualmente, soluções.
Reitero que foi com grande satisfação e regozijo que desempenhei esta tarefa de comentador das mais variadas temáticas abordadas por mim neste PRA.
Só espero que, por tudo isto, o meu certificado não me seja passado a um Domingo numa qualquer instituição.
Após duas tentativas para o fazer o dito, mas sem sucesso, encontro, na derradeira oportunidade, uma profissional que pela sua postura, pela sua vastíssima cultura aliada a uma inteligência notável, conseguiu mobilizar a minha pessoa e incentivar-me a terminar o meu PRA.
Para mim, concluir esta etapa, representa, tendo em conta a “dimensão” da minha pessoa, o concretizar de um sonho. Provavelmente, dirão que tenho projectos pouco ambiciosos, cujo pensamento é demasiado pequeno, mas tal no meu entender, não corresponde à verdade…
Para além de valorizar as minhas competências, estou também a aumentar, evidentemente, a minha auto estima e, consequentemente, a minha qualidade de vida.
Registo com agrado o crescendo entusiasmo, da minha parte, durante todo o processo.
Espero ser detentor de mais uma ferramenta para enfrentar novos desafios.
No entanto, apesar de todas as mais valias que representa a realização do PRA para os cidadãos e das dificuldades na sua elaboração, todo o processo suscita-me algumas dúvidas.
Parece-me pertinente fazer aqui uma pequena reflexão!
Em primeiro lugar, todo este processo deu emprego a muitos profissionais que merecem todo o respeito, para além da muita satisfação que proporciona aos muitos adultos já certificados.
Importámos um modelo de avaliação com vista a qualificar uma população, com um baixo grau de instrução.
Tudo isto me parece positivo mas, no meu modesto entendimento, tudo se resume a estatísticas!
Não tenho dúvidas que, mais cedo ou mais tarde, vai servir de “arma de arremesso” numa qualquer campanha eleitoral!
Alguém vai dizer que, conseguimos certificar milhares de portugueses!
De que forma, pergunto eu?
Das inúmeras histórias de vida que os muitos profissionais já leram, quantas e quantas vezes não se terão já eles questionado: “Como posso eu validar competências a este adulto?”
De salientar que, através deste processo, ninguém reprova, mas das duas uma, ou os adultos têm consciência das suas limitações e desistem ou, adultos e profissionais são vencidos pelo cansaço e os formadores acabam por validar as competências sem muita exigência. Todavia, também tenho consciência de que este processo possa ser o mais indicado para o perfil de determinados adultos que aprenderam bastante na escola da vida e daí, com facilidade, consigam retirar as competências que o referencial deste nível escolar exige.
Os próprios centros têm objectivos a cumprir em termos de adultos inscritos e certificados. Portanto, estamos a falar de estatísticas!
Comparativamente ao grau de dificuldade exigido no vulgo ensino, será correcto, poderemos falar de facilitismo?
Certamente que os profissionais tiveram imenso prazer ao ler histórias muito bem contadas, umas com algum sarcasmo, outras irónicas, outras verdadeiras peças de teatro, mas que lhes deu ânimo para ler outras tantas de bradar aos céus.
Ao invés de adoptarmos este procedimento, porque não políticas de verdade na prevenção do abandono escolar, no acompanhamento dos jovens desde muito cedo, com gabinetes na escola com técnicos especializados para acompanhar os alunos. É que não adianta remendarmos as situações. Já diz o velho ditado: “Depois de casa roubada, trancas à porta”.
Questiono-me: Consideram que desta forma vamos ter ensino de qualidade? Vão os adultos singrar?
Se assim for, posso colocar a seguinte questão:
Para quê andar doze anos a estudar, se mais tarde posso fazer tudo em pouco mais de seis meses?
Quanto a mim é urgente (e tal como se diz num português calão “agarrar o toiro pelos cornos”) e investir na educação.
Se queremos que todo este povo com alma lusitana, com espírito descobridor, ocupe, a nível europeu, um dos lugares cimeiros no que toca ao grau de instrução, temos de evoluir.
Não podemos ser uma nação que importa métodos para colmatar os nossos erros, aprender com eles é preciso.
Já agora porque não importamos outras políticas, a nível de sistema de saúde por exemplo, como numa Alemanha ou França, ou mesmo políticas sociais?! Pois… isto agora já não interessa, iria remeter-nos para uma outra temática que daria “pano para mangas” para mais uma reflexão.
Convicto de que vivemos, ainda, num Estado de Direito, estou certo de que as minhas críticas não passem disso mesmo, uma vez que todos, sem excepção, têm direito a fazê-las, desde que apresentem argumentos válidos e, eventualmente, soluções.
Reitero que foi com grande satisfação e regozijo que desempenhei esta tarefa de comentador das mais variadas temáticas abordadas por mim neste PRA.
Só espero que, por tudo isto, o meu certificado não me seja passado a um Domingo numa qualquer instituição.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Astronaut loses toolbag in Grease-gun incident
http://www.youtube.com/watch?v=RwYXeNswlTQ&feature=related
Etiquetas:
Sociedade Tecnologia e Ciência
Nave Atlantis parte rumo à ISS para missão de 11 dias
in http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u653228.shtml
O ônibus espacial Atlantis e seus seis tripulantes seguiram hoje rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) a partir do Centro Espacial Kennedy, no estado americano da Flórida, para uma missão de 11 dias --na qual realizarão três caminhadas espaciais.
O Atlantis saiu com 12,3 toneladas de carga para a estação. O ônibus espacial decolou sem contratempos, às 17h28 de Brasília, conforme previsto, em meio a condições meteorológicas consideradas como ótimas.
Quase cem seguidores do perfil da Nasa (agência espacial norte-americana) no serviço de microblogs Twitter acompanharam o lançamento ao vivo, devido a um concurso feito no mês passado.
Após pelo menos 30 viagens ao espaço, esta será a penúltima missão do Atlantis antes de a Nasa suspender as atividades de seus ônibus espaciais no ano que vem.
A missão STS-129, comandada por Charles Hobaugh, é formada pelos astronautas Mike Foreman, Leland Melvin, Robert Satcher, Randy Bresnik e o piloto Barry Wilmore. É a primeira viagem ao espaço destes três últimos.
Bresnik, Foreman e Satcher devem fazer três caminhadas espaciais para instalar duas plataformas e deixar tudo pronto para a próxima missão, durante a qual o último módulo dos Estados Unidos na ISS será instalado.
Os astronautas da atual missão do Atlantis conviverão com os seis tripulantes da ISS, que há meses enfrentam um problema com o sistema que processa a urina para transformá-la em água potável.
A Nasa não conseguiu resolver este problema que, segundo um porta-voz da agência espacial, Kelly Humphries, obrigará os astronautas a utilizar bolsas plásticas para depositar a urina.
No entanto, Humphries esclareceu que a estação espacial tem água suficiente para mais seis meses.
Ao final da missão, os seis tripulantes voltarão à Terra junto com a astronauta Nicole Scott, engenheira de voo na ISS.
O ônibus espacial Atlantis e seus seis tripulantes seguiram hoje rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) a partir do Centro Espacial Kennedy, no estado americano da Flórida, para uma missão de 11 dias --na qual realizarão três caminhadas espaciais.
O Atlantis saiu com 12,3 toneladas de carga para a estação. O ônibus espacial decolou sem contratempos, às 17h28 de Brasília, conforme previsto, em meio a condições meteorológicas consideradas como ótimas.
Quase cem seguidores do perfil da Nasa (agência espacial norte-americana) no serviço de microblogs Twitter acompanharam o lançamento ao vivo, devido a um concurso feito no mês passado.
Após pelo menos 30 viagens ao espaço, esta será a penúltima missão do Atlantis antes de a Nasa suspender as atividades de seus ônibus espaciais no ano que vem.
A missão STS-129, comandada por Charles Hobaugh, é formada pelos astronautas Mike Foreman, Leland Melvin, Robert Satcher, Randy Bresnik e o piloto Barry Wilmore. É a primeira viagem ao espaço destes três últimos.
Bresnik, Foreman e Satcher devem fazer três caminhadas espaciais para instalar duas plataformas e deixar tudo pronto para a próxima missão, durante a qual o último módulo dos Estados Unidos na ISS será instalado.
Os astronautas da atual missão do Atlantis conviverão com os seis tripulantes da ISS, que há meses enfrentam um problema com o sistema que processa a urina para transformá-la em água potável.
A Nasa não conseguiu resolver este problema que, segundo um porta-voz da agência espacial, Kelly Humphries, obrigará os astronautas a utilizar bolsas plásticas para depositar a urina.
No entanto, Humphries esclareceu que a estação espacial tem água suficiente para mais seis meses.
Ao final da missão, os seis tripulantes voltarão à Terra junto com a astronauta Nicole Scott, engenheira de voo na ISS.
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Sociedade Tecnologia e Ciência
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
CONCLUSÃO REFLEXIVA DE RVCC
Distintos Senhores e Senhoras, Patrícios e Contemporâneos, Digníssimo Júri. Terminado este percurso de RVCC, gostaria de poder dar um louvor, uma sincera palavra de agradecimento, a toda a envolvente humana, que torna possível este empreendimento académico, com a sua dedicação, espírito de missão, empenho e grandeza moral, abdicando de muitos e preciosos momentos da vida e da família, em favor dum projecto em que acreditam e levam a bom termo de corpo e alma.
Em boa verdade, me posso declarar tranquilo e satisfeito com os requisitos exigidos e desempenhos empreendidos, em prol da satisfação das mais diversas solicitações.
Seria irónico afirmar, que na idade em que me encontro com a cultura e as vivencias de que tenho sido usufrutuário, ainda tivesse que consultar compêndios, artigos ou dados, para concepção das mais diversas explanações desenvolvidas; resumiu-se assim este processo de aprendizagem, a sintéticas práticas de optimização de saberes adquiridos e acumulados ao longo do tempo.
Foi assim, como é possível confirmar no meu portefólio, reflectir, ponderar e expressar, as mais diversas teses sobre matérias em análise utilizando apenas os meus conhecimentos e formação moral e intelectual, sem recorrer a outros meios, mesmo correndo o risco, de afrontar conceitos pré-estabelecidos ou ferir sensibilidades.
Assumo este comportamento, não como um qualquer direito, mas como um dever de expressar a minha maturidade, autonomia e convicção, que os tortuosos caminhos da vida moldaram na minha pessoa.
Considero este formato de certificação académica, um lato cálculo de estatística do saber; nem sempre de onde sai fumo se pode presumir a existência de fogueira, não há exactidão total em qualquer cálculo, existe sempre um caracter de indiferença subjacente a qualquer pormenor por mais despercebido que seja, porem, há que distinguir o trigo do joio e entender este tipo de formação fruto de circunstâncias excepcionais, para fins excepcionais e que sofrerão apreciações excepcionais. Ninguém julgue com este percurso, ficar possuidor de algo que não pode possuir, ou ser aquilo que efectivamente não é.
A análise dos referenciais de núcleos geradores nos mais diversos contextos, são uma nova e revolucionária forma de creditação valorativa em contextos alargados de outras culturas, entre nós só o futuro ditará a verdadeira sentença de sua justa utilidade.
Tudo na vida duma pessoa tem um tempo próprio para ser aprendido: - o andar, o falar, ler escrever, contar…
Ainda recordo quanto doloroso foi aos dezoito anos, estudar e interpretar geometria analítica, geometria no espaço, lógica, logaritmos, teorias atómicas, tabelas periódicas, estruturas dos átomos, a cinemática, a estática e a dinâmica, as probabilidades da hereditariedade, os estilos e figuras dos nossos amados autores literários, as correntes do pensamento, o peso da psicologia, - entre uma imensidão de matérias que não venho aqui referir, - ir fazer exame e fazer oral para tirar dez! … Hoje os nossos filhos sofrem o mesmo, nada mudou, parece até que certas formas de avaliação se estigmatizaram.
Falando de novas oportunidades, porventura… ajudem-me… deu-me um lapso de memória... Não estamos a falar da mesma coisa?…
Nesta “encarnação”, estamos a verificar se o cavalheiro ou a senhora… realmente será pessoa de bem… se o seu espírito critico estará ou não parametrizado pelo formato universal… ou se tem conhecimentos alargados e bem definidos sobre: Direitos e Deveres, Complexidade e Mudança, Reflexividade e Pensamento crítico, Identidade e Alteridade, Convicção e Firmeza Ética, Abertura moral, Argumentação e Assertividade, Programação, Equipamentos e Sistemas Técnicos, Ambiente e Sustentabilidade, Saúde, Gestão e Economia, Tecnologias de Informação e Comunicação, Urbanismo e Mobilidade e Saberes Fundamentais.
Pela observação e verificação de desempenho destas matérias, é possível verificar se na formação interior, do agente aculturado dos tais dezoito anos, de à umas quantas décadas atrás, realmente existe ou não formação, que leve ao bom desempenho de hoje.
Com toda a certeza posso afirmar, que é muito tarde para aprender e se não fosse o reflexo do meu passado, seria impossível a solidez deste presente, pois foram para mim extremamente exigentes as provas de conhecimento solicitadas.
Considero, que só um dia num futuro distante, será possível estudar e tecer considerações sobre esta forma de certificação de conhecimentos entre nós, tal como hoje é possível pronunciarmo-nos com justiça e boa fé, sobre eventos outrora ocorridos. Nunca é correcto, criticar ou elogiar, metodologias ou procedimentos em uso experimental, sem se verificarem consolidados os seus frutos; eventualmente os vanguardismos poderão ter um domínio efémero, sendo necessário muito empreendedorismo e boa vontade para levar a bom termo a implementação dum evento revolucionário como este.
A maioria dos autores e criadores, no seu próprio tempo foram desprezíveis, perseguidos até excomungados, porém hoje são divinos ídolos, adorados e respeitados pela nossa civilização.
Vamos pois ter esperança, que algum dia este projecto de aculturação dê frutos e lhe seja prestado o seu verdadeiro tributo.
Na minha óptica, todo este processo apenas sofre dum pecado “ o original “, que é o facto do seu tardio surgimento na cena educacional da nossa sociedade. Deveria ter sido implementado à trinta anos; teria dado um grande progresso civilizacional ao nosso país, com a harmonização e normalização, de qualificações e habilitações, impedindo discrepâncias, abusos e discriminação de pessoas, em contexto de mercado de trabalho.
Nunca esquecerei o dia em que ao dirigir-me a uma empresa de vulto concorrendo um posto de trabalho, confirmando as minhas habilitações literárias e profissionais, fui humilhado, mal tratado e praticamente expulso, só porque o encarregado da contratação viu em mim um possível adversário, uma vez que possuía qualificação superior à sua e lhe poderia disputar o lugar.
Daí em diante, criei o meu próprio emprego e fiz a minha vida aceitando os trabalhos oferecidos, mercê da credibilização que meu mérito e desempenho despertava, até ao dia em que os sinuosos caminhos da vida me convenceram, que um emprego ao pé de casa, tranquilo, junto da família seria o melhor.
Dirigi-me então a uma empresa onde dei como habilitação literária a quarta classe. Foi realmente a situação mais feliz de sempre, eu era um verdadeiro artista, requisitado por todos… um autentico mágico… até ao dia em que do espaço da sua secção, o Engenheiro me viu e surpreso comentou: -…está ali um colega meu do colégio!...
Imediatamente o chefe exclamava: -… só se for da escola primária, aquele operário não tem formação escolar… até trabalha na agricultura… curiosamente, ainda ontem me disse, que com esta chuvita estava mesmo bom para semear nabos….
Efectivamente fora verdade, e foi uma forma maliciosa de lhe chamar nabo… mas mercê da sua deficiente aculturação o imbecil até percebeu outra coisa. O Engenheiro veio cumprimentar-me e confirmar a velha amizade, pelo que mesmo clamando pelo seu silêncio o ambiente veio a deteriorar-se, sendo eu obrigado a procurar novo emprego mas nas mesmas condições de segredo académico,
Deve a nossa sociedade, ser fundamentada culturalmente de forma a não se deixar cair em situações de escravidão, ou presas fáceis do Feudalismo Global e da avidez dos poderosos sem escrúpulos, que tudo podem e tudo conseguem de quem mais não sabe, que servir honestamente, paga-se hoje menos a um licenciado que a um cavador, - desses já há poucos - um massa bruta como o patronato classifica.
Meus amigos… isto é muito feio, espero francamente que as novas oportunidades, causem uma revolução social a todos os níveis e tragam aos nossos filhos um futuro mais risonho e promissor.
A todos o meu muito obrigado por tudo e um bem hajam do tamanho do mundo… até sempre.
Carlos Marques Dias Ferreira
Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte
Marinha Grande 12 de Novembro de 2009
OS MEUS CONTACTOS
diasferreira@yahoo.com.br
diasferreira58@hotmail.com
Em boa verdade, me posso declarar tranquilo e satisfeito com os requisitos exigidos e desempenhos empreendidos, em prol da satisfação das mais diversas solicitações.
Seria irónico afirmar, que na idade em que me encontro com a cultura e as vivencias de que tenho sido usufrutuário, ainda tivesse que consultar compêndios, artigos ou dados, para concepção das mais diversas explanações desenvolvidas; resumiu-se assim este processo de aprendizagem, a sintéticas práticas de optimização de saberes adquiridos e acumulados ao longo do tempo.
Foi assim, como é possível confirmar no meu portefólio, reflectir, ponderar e expressar, as mais diversas teses sobre matérias em análise utilizando apenas os meus conhecimentos e formação moral e intelectual, sem recorrer a outros meios, mesmo correndo o risco, de afrontar conceitos pré-estabelecidos ou ferir sensibilidades.
Assumo este comportamento, não como um qualquer direito, mas como um dever de expressar a minha maturidade, autonomia e convicção, que os tortuosos caminhos da vida moldaram na minha pessoa.
Considero este formato de certificação académica, um lato cálculo de estatística do saber; nem sempre de onde sai fumo se pode presumir a existência de fogueira, não há exactidão total em qualquer cálculo, existe sempre um caracter de indiferença subjacente a qualquer pormenor por mais despercebido que seja, porem, há que distinguir o trigo do joio e entender este tipo de formação fruto de circunstâncias excepcionais, para fins excepcionais e que sofrerão apreciações excepcionais. Ninguém julgue com este percurso, ficar possuidor de algo que não pode possuir, ou ser aquilo que efectivamente não é.
A análise dos referenciais de núcleos geradores nos mais diversos contextos, são uma nova e revolucionária forma de creditação valorativa em contextos alargados de outras culturas, entre nós só o futuro ditará a verdadeira sentença de sua justa utilidade.
Tudo na vida duma pessoa tem um tempo próprio para ser aprendido: - o andar, o falar, ler escrever, contar…
Ainda recordo quanto doloroso foi aos dezoito anos, estudar e interpretar geometria analítica, geometria no espaço, lógica, logaritmos, teorias atómicas, tabelas periódicas, estruturas dos átomos, a cinemática, a estática e a dinâmica, as probabilidades da hereditariedade, os estilos e figuras dos nossos amados autores literários, as correntes do pensamento, o peso da psicologia, - entre uma imensidão de matérias que não venho aqui referir, - ir fazer exame e fazer oral para tirar dez! … Hoje os nossos filhos sofrem o mesmo, nada mudou, parece até que certas formas de avaliação se estigmatizaram.
Falando de novas oportunidades, porventura… ajudem-me… deu-me um lapso de memória... Não estamos a falar da mesma coisa?…
Nesta “encarnação”, estamos a verificar se o cavalheiro ou a senhora… realmente será pessoa de bem… se o seu espírito critico estará ou não parametrizado pelo formato universal… ou se tem conhecimentos alargados e bem definidos sobre: Direitos e Deveres, Complexidade e Mudança, Reflexividade e Pensamento crítico, Identidade e Alteridade, Convicção e Firmeza Ética, Abertura moral, Argumentação e Assertividade, Programação, Equipamentos e Sistemas Técnicos, Ambiente e Sustentabilidade, Saúde, Gestão e Economia, Tecnologias de Informação e Comunicação, Urbanismo e Mobilidade e Saberes Fundamentais.
Pela observação e verificação de desempenho destas matérias, é possível verificar se na formação interior, do agente aculturado dos tais dezoito anos, de à umas quantas décadas atrás, realmente existe ou não formação, que leve ao bom desempenho de hoje.
Com toda a certeza posso afirmar, que é muito tarde para aprender e se não fosse o reflexo do meu passado, seria impossível a solidez deste presente, pois foram para mim extremamente exigentes as provas de conhecimento solicitadas.
Considero, que só um dia num futuro distante, será possível estudar e tecer considerações sobre esta forma de certificação de conhecimentos entre nós, tal como hoje é possível pronunciarmo-nos com justiça e boa fé, sobre eventos outrora ocorridos. Nunca é correcto, criticar ou elogiar, metodologias ou procedimentos em uso experimental, sem se verificarem consolidados os seus frutos; eventualmente os vanguardismos poderão ter um domínio efémero, sendo necessário muito empreendedorismo e boa vontade para levar a bom termo a implementação dum evento revolucionário como este.
A maioria dos autores e criadores, no seu próprio tempo foram desprezíveis, perseguidos até excomungados, porém hoje são divinos ídolos, adorados e respeitados pela nossa civilização.
Vamos pois ter esperança, que algum dia este projecto de aculturação dê frutos e lhe seja prestado o seu verdadeiro tributo.
Na minha óptica, todo este processo apenas sofre dum pecado “ o original “, que é o facto do seu tardio surgimento na cena educacional da nossa sociedade. Deveria ter sido implementado à trinta anos; teria dado um grande progresso civilizacional ao nosso país, com a harmonização e normalização, de qualificações e habilitações, impedindo discrepâncias, abusos e discriminação de pessoas, em contexto de mercado de trabalho.
Nunca esquecerei o dia em que ao dirigir-me a uma empresa de vulto concorrendo um posto de trabalho, confirmando as minhas habilitações literárias e profissionais, fui humilhado, mal tratado e praticamente expulso, só porque o encarregado da contratação viu em mim um possível adversário, uma vez que possuía qualificação superior à sua e lhe poderia disputar o lugar.
Daí em diante, criei o meu próprio emprego e fiz a minha vida aceitando os trabalhos oferecidos, mercê da credibilização que meu mérito e desempenho despertava, até ao dia em que os sinuosos caminhos da vida me convenceram, que um emprego ao pé de casa, tranquilo, junto da família seria o melhor.
Dirigi-me então a uma empresa onde dei como habilitação literária a quarta classe. Foi realmente a situação mais feliz de sempre, eu era um verdadeiro artista, requisitado por todos… um autentico mágico… até ao dia em que do espaço da sua secção, o Engenheiro me viu e surpreso comentou: -…está ali um colega meu do colégio!...
Imediatamente o chefe exclamava: -… só se for da escola primária, aquele operário não tem formação escolar… até trabalha na agricultura… curiosamente, ainda ontem me disse, que com esta chuvita estava mesmo bom para semear nabos….
Efectivamente fora verdade, e foi uma forma maliciosa de lhe chamar nabo… mas mercê da sua deficiente aculturação o imbecil até percebeu outra coisa. O Engenheiro veio cumprimentar-me e confirmar a velha amizade, pelo que mesmo clamando pelo seu silêncio o ambiente veio a deteriorar-se, sendo eu obrigado a procurar novo emprego mas nas mesmas condições de segredo académico,
Deve a nossa sociedade, ser fundamentada culturalmente de forma a não se deixar cair em situações de escravidão, ou presas fáceis do Feudalismo Global e da avidez dos poderosos sem escrúpulos, que tudo podem e tudo conseguem de quem mais não sabe, que servir honestamente, paga-se hoje menos a um licenciado que a um cavador, - desses já há poucos - um massa bruta como o patronato classifica.
Meus amigos… isto é muito feio, espero francamente que as novas oportunidades, causem uma revolução social a todos os níveis e tragam aos nossos filhos um futuro mais risonho e promissor.
A todos o meu muito obrigado por tudo e um bem hajam do tamanho do mundo… até sempre.
Carlos Marques Dias Ferreira
Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte
Marinha Grande 12 de Novembro de 2009
OS MEUS CONTACTOS
diasferreira@yahoo.com.br
diasferreira58@hotmail.com
terça-feira, 17 de novembro de 2009
"Expostos a 'stress', tendemos a tomar decisões erradas"
in http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1421290&seccao=Sa%FAde
Dantes, mal se levantava da cama, às 06.00 da manhã, ia logo pôr o café a fazer. "Adoro o cheiro do café." Agora, a primeira coisa que faz é despachar o e-mail, rotina que repete religiosamente antes de se deitar, por volta das duas. "Não preciso de dormir muito", confessa Nuno Sousa, 41 anos, médico e investigador na área nas Neurociências. "Sete horas de sono são, em média, suficientes para um adulto. Dormir de mais faz mal porque torna os processos mais lentos."
Quando se é uma das maiores autoridades mundiais em stress, não podemos estranhar ter a caixa de correio sempre a abarrotar, e ele não considera educado deixar um mail sem resposta mais de um dia.
O e-mail e o telemóvel podem facilitar-nos a vida, mas são também indutores de stress. "Estamos a acelerar cada vez mais as nossas vidas", constata Nuno, que distingue dois tipos de stress, o bom e o mau. "Debaixo de algum stress, a nossa performance melhora, sem consequências, porque a adrenalina tem um efeito rápido", explica. O problema é o stress crónico, que se verifica quando os estímulos indutores ultrapassam, de forma continuada, a nossa capacidade de adaptação e provocam doenças, fazendo subir a tensão arterial e aumentando o risco de diabetes e depressão.
Nuno tornou-se uma coqueluche mundial ao publicar (em conjunto com sete outros cientistas portugueses) na revista Science, um artigo em que conclui que as pessoas expostas a stress tendem a tomar decisões erradas, mas que isso pode ser resolvido.
Encontrámo-nos na Escola das Ciências de Saúde da Universidade do Minho, de que ele é o director e um dos fundadores. Logo à entrada, ficamos com a sensação de estar numa universidade americana transplantada para o campus de Gualtar, nos arredores de Braga. A escola está povoada por grupos de estudantes com ar feliz, que conversam, comem, estudam e discutem, espalhados por salas e laboratórios com equipamento state of the art.
O ensino da Medicina em Braga é muito diferente do ministrado nas outras faculdades do País. Para praticarem consultas, os 600 alunos têm ao dispor cerca de 70 doentes standard, actores formados durante um ano para serem especialistas numa doença (pericardite, infecção renal, insuficiência respiratória, etc.), também usados no processo de avaliação. Parte dos exames é feita num consultório equipado com uma câmara, que permite aos professores, que estão no gabinete ao lado, seguirem o diálogo entre aluno e actor, a quem previamente entregaram o guião - o falso doente pode começar a consulta a dizer ao futuro médico que só precisa que ele lhe passe uma receita.. .
Depois de uma vista de olhos pela escola, fomos no Toyota Corolla do Nuno para o Arcoense, famoso pela sua comida caseira, onde almoçámos sem stress (não ligámos aos telemóveis) até às 16.30.
Nuno é do Porto, onde se licenciou em Medicina e começou a usar o cérebro para entender como funciona o cérebro. O período de maior stress da sua vida foi a fase final do doutoramento, em que provou que, ao contrário do que se pensava, o stress crónico não provoca uma matança de neurónios e o hipocampo apenas fica atrofiado porque diminuem as sinapses (a comunicação entre neurónios) - ou seja, que eliminando a causa a situação era reversível.
Esta tese foi o ponto de partida para a investigação de uma equipa multidisciplinar (médicos, biólogos, bioquímicos, psicólogos, veterinários e engenheiros de sistemas, biomédicos e biólogos) cujas conclusões publicadas na Science despertaram o interesse do New York Times.
Com base em trabalho laboratorial com ratos, Nuno provou que o stress nos leva a tomar decisões erradas, pois, ao atrofiar o circuito cerebral que nos dá a flexibilidade para encarar e reagir a uma situação adversa e inesperada, deixa-nos dependentes da parte do cérebro onde temos armazenados os hábitos, que nos permitem, por exemplo, guiar até a casa, em piloto automático, sem ligar ao trajecto. A boa notícia é que, através de terapia, fármacos e estímulos eléctricos, vai ser possível, proximamente, activar o circuito atrofiado e poupar-nos aos erros e depressões a que o excesso de pressão nos tem obrigado. Ou seja, dentro de poucos anos, o guarda-redes Enke já não se teria suicidado…
Dantes, mal se levantava da cama, às 06.00 da manhã, ia logo pôr o café a fazer. "Adoro o cheiro do café." Agora, a primeira coisa que faz é despachar o e-mail, rotina que repete religiosamente antes de se deitar, por volta das duas. "Não preciso de dormir muito", confessa Nuno Sousa, 41 anos, médico e investigador na área nas Neurociências. "Sete horas de sono são, em média, suficientes para um adulto. Dormir de mais faz mal porque torna os processos mais lentos."
Quando se é uma das maiores autoridades mundiais em stress, não podemos estranhar ter a caixa de correio sempre a abarrotar, e ele não considera educado deixar um mail sem resposta mais de um dia.
O e-mail e o telemóvel podem facilitar-nos a vida, mas são também indutores de stress. "Estamos a acelerar cada vez mais as nossas vidas", constata Nuno, que distingue dois tipos de stress, o bom e o mau. "Debaixo de algum stress, a nossa performance melhora, sem consequências, porque a adrenalina tem um efeito rápido", explica. O problema é o stress crónico, que se verifica quando os estímulos indutores ultrapassam, de forma continuada, a nossa capacidade de adaptação e provocam doenças, fazendo subir a tensão arterial e aumentando o risco de diabetes e depressão.
Nuno tornou-se uma coqueluche mundial ao publicar (em conjunto com sete outros cientistas portugueses) na revista Science, um artigo em que conclui que as pessoas expostas a stress tendem a tomar decisões erradas, mas que isso pode ser resolvido.
Encontrámo-nos na Escola das Ciências de Saúde da Universidade do Minho, de que ele é o director e um dos fundadores. Logo à entrada, ficamos com a sensação de estar numa universidade americana transplantada para o campus de Gualtar, nos arredores de Braga. A escola está povoada por grupos de estudantes com ar feliz, que conversam, comem, estudam e discutem, espalhados por salas e laboratórios com equipamento state of the art.
O ensino da Medicina em Braga é muito diferente do ministrado nas outras faculdades do País. Para praticarem consultas, os 600 alunos têm ao dispor cerca de 70 doentes standard, actores formados durante um ano para serem especialistas numa doença (pericardite, infecção renal, insuficiência respiratória, etc.), também usados no processo de avaliação. Parte dos exames é feita num consultório equipado com uma câmara, que permite aos professores, que estão no gabinete ao lado, seguirem o diálogo entre aluno e actor, a quem previamente entregaram o guião - o falso doente pode começar a consulta a dizer ao futuro médico que só precisa que ele lhe passe uma receita.. .
Depois de uma vista de olhos pela escola, fomos no Toyota Corolla do Nuno para o Arcoense, famoso pela sua comida caseira, onde almoçámos sem stress (não ligámos aos telemóveis) até às 16.30.
Nuno é do Porto, onde se licenciou em Medicina e começou a usar o cérebro para entender como funciona o cérebro. O período de maior stress da sua vida foi a fase final do doutoramento, em que provou que, ao contrário do que se pensava, o stress crónico não provoca uma matança de neurónios e o hipocampo apenas fica atrofiado porque diminuem as sinapses (a comunicação entre neurónios) - ou seja, que eliminando a causa a situação era reversível.
Esta tese foi o ponto de partida para a investigação de uma equipa multidisciplinar (médicos, biólogos, bioquímicos, psicólogos, veterinários e engenheiros de sistemas, biomédicos e biólogos) cujas conclusões publicadas na Science despertaram o interesse do New York Times.
Com base em trabalho laboratorial com ratos, Nuno provou que o stress nos leva a tomar decisões erradas, pois, ao atrofiar o circuito cerebral que nos dá a flexibilidade para encarar e reagir a uma situação adversa e inesperada, deixa-nos dependentes da parte do cérebro onde temos armazenados os hábitos, que nos permitem, por exemplo, guiar até a casa, em piloto automático, sem ligar ao trajecto. A boa notícia é que, através de terapia, fármacos e estímulos eléctricos, vai ser possível, proximamente, activar o circuito atrofiado e poupar-nos aos erros e depressões a que o excesso de pressão nos tem obrigado. Ou seja, dentro de poucos anos, o guarda-redes Enke já não se teria suicidado…
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Sociedade Tecnologia e Ciência
Mexilhão e amêijoa ameaçados pelo aumento de dióxido de carbono nas águas
in http://www.cienciahoje.pt/portal/36934
Dentro de 50 a cem anos o mexilhão, a amêijoa, as estrelas-do-mar ou os corais podem estar em perigo de vida devido à acidificação dos mares, fenómeno provocado pelo aumento do dióxido de carbono (CO2) na atmosfera e na água.
Uma equipa de cientistas do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve, liderada pelo professor Luís Chicharo, está a estudar o impacto da acidificação dos mares na vida de bivalves como o mexilhão, a amêijoa-boa ou o pé-de-burrinho.
O CO2 que anda na atmosfera também se dissolve na água do mar e forma um ácido fraco - o ácido carbónico - que faz baixar o pH da água, ou seja, torna a água "ligeiramente mais ácida", explicou Pedro Range, investigador da Universidade do Algarve.
Os resultados preliminares indicam que ao contactarem com águas mais ácidas do que as do seu habitat actual aqueles organismos marinhos com conchas ficaram mais débeis.
"Encontrámos conchas menos densas nos bivalves cultivados nas condições de acidificação mais extrema e encontrámos alterações ao nível da fisiologia - têm mais dificuldade em se alimentarem, mais dificuldade em sintetizarem tecido e, em geral, têm uma condição mais débil", alertou o investigador, a propósito do Dia Nacional do Mar, que se assinala na segunda-feira.
Experiências em laboratório
Embora a equipa de cientistas não tenha ainda descoberto efeitos directos da acidificação das águas a nível da mortalidade dos bivalves, o investigador Pedro Range sublinhou que os resultados actuais são com base, apenas, em experiências em laboratório, ou seja, em ambiente controlado.
"Estes bivalves não tiveram interacção com outros organismos, não houve predadores, nem outros distúrbios que existem em meio natural", observou o especialista, referindo que as consequências na natureza podem ser "muito mais graves e mais sérias para os organismos".
O projecto Acid Biv insere-se numa rede europeia de financiamento que tem como parceiros Espanha, Tunísia e Itália. O objectivo é investigar as consequências das alterações climáticas na zona do mar Mediterrâneo, onde o cultivo de bivalves tem uma forte importância económica.
O fenómeno da acidificação das águas vai alterar, no futuro, a fisiologia e morfologia dos bivalves, dos crustáceos e de outros organismos marinhos. Assim, prevê-se que dentro de "50 a 100 anos haja reduções de valores do pH da água do mar que variam de quatro a sete décimas de unidade de pH", advertiu o investigador, explicando que a diminuição de uma unidade de pH "corresponde efectivamente um aumento de concentração de iões de hidrogénio em dez vezes".
O projecto Acid Biv vai prolongar-se mais um ano. Os invetsigadores esperam que em finais de 2010 haja já informações mais exactas sobre aquilo que realmente poderá acontecer aos bivalves e moluscos do Mediterrâneo nas próximas décadas.
Dentro de 50 a cem anos o mexilhão, a amêijoa, as estrelas-do-mar ou os corais podem estar em perigo de vida devido à acidificação dos mares, fenómeno provocado pelo aumento do dióxido de carbono (CO2) na atmosfera e na água.
Uma equipa de cientistas do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve, liderada pelo professor Luís Chicharo, está a estudar o impacto da acidificação dos mares na vida de bivalves como o mexilhão, a amêijoa-boa ou o pé-de-burrinho.
O CO2 que anda na atmosfera também se dissolve na água do mar e forma um ácido fraco - o ácido carbónico - que faz baixar o pH da água, ou seja, torna a água "ligeiramente mais ácida", explicou Pedro Range, investigador da Universidade do Algarve.
Os resultados preliminares indicam que ao contactarem com águas mais ácidas do que as do seu habitat actual aqueles organismos marinhos com conchas ficaram mais débeis.
"Encontrámos conchas menos densas nos bivalves cultivados nas condições de acidificação mais extrema e encontrámos alterações ao nível da fisiologia - têm mais dificuldade em se alimentarem, mais dificuldade em sintetizarem tecido e, em geral, têm uma condição mais débil", alertou o investigador, a propósito do Dia Nacional do Mar, que se assinala na segunda-feira.
Experiências em laboratório
Embora a equipa de cientistas não tenha ainda descoberto efeitos directos da acidificação das águas a nível da mortalidade dos bivalves, o investigador Pedro Range sublinhou que os resultados actuais são com base, apenas, em experiências em laboratório, ou seja, em ambiente controlado.
"Estes bivalves não tiveram interacção com outros organismos, não houve predadores, nem outros distúrbios que existem em meio natural", observou o especialista, referindo que as consequências na natureza podem ser "muito mais graves e mais sérias para os organismos".
O projecto Acid Biv insere-se numa rede europeia de financiamento que tem como parceiros Espanha, Tunísia e Itália. O objectivo é investigar as consequências das alterações climáticas na zona do mar Mediterrâneo, onde o cultivo de bivalves tem uma forte importância económica.
O fenómeno da acidificação das águas vai alterar, no futuro, a fisiologia e morfologia dos bivalves, dos crustáceos e de outros organismos marinhos. Assim, prevê-se que dentro de "50 a 100 anos haja reduções de valores do pH da água do mar que variam de quatro a sete décimas de unidade de pH", advertiu o investigador, explicando que a diminuição de uma unidade de pH "corresponde efectivamente um aumento de concentração de iões de hidrogénio em dez vezes".
O projecto Acid Biv vai prolongar-se mais um ano. Os invetsigadores esperam que em finais de 2010 haja já informações mais exactas sobre aquilo que realmente poderá acontecer aos bivalves e moluscos do Mediterrâneo nas próximas décadas.
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