terça-feira, 24 de novembro de 2009
Astronaut loses toolbag in Grease-gun incident
http://www.youtube.com/watch?v=RwYXeNswlTQ&feature=related
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Sociedade Tecnologia e Ciência
Nave Atlantis parte rumo à ISS para missão de 11 dias
in http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u653228.shtml
O ônibus espacial Atlantis e seus seis tripulantes seguiram hoje rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) a partir do Centro Espacial Kennedy, no estado americano da Flórida, para uma missão de 11 dias --na qual realizarão três caminhadas espaciais.
O Atlantis saiu com 12,3 toneladas de carga para a estação. O ônibus espacial decolou sem contratempos, às 17h28 de Brasília, conforme previsto, em meio a condições meteorológicas consideradas como ótimas.
Quase cem seguidores do perfil da Nasa (agência espacial norte-americana) no serviço de microblogs Twitter acompanharam o lançamento ao vivo, devido a um concurso feito no mês passado.
Após pelo menos 30 viagens ao espaço, esta será a penúltima missão do Atlantis antes de a Nasa suspender as atividades de seus ônibus espaciais no ano que vem.
A missão STS-129, comandada por Charles Hobaugh, é formada pelos astronautas Mike Foreman, Leland Melvin, Robert Satcher, Randy Bresnik e o piloto Barry Wilmore. É a primeira viagem ao espaço destes três últimos.
Bresnik, Foreman e Satcher devem fazer três caminhadas espaciais para instalar duas plataformas e deixar tudo pronto para a próxima missão, durante a qual o último módulo dos Estados Unidos na ISS será instalado.
Os astronautas da atual missão do Atlantis conviverão com os seis tripulantes da ISS, que há meses enfrentam um problema com o sistema que processa a urina para transformá-la em água potável.
A Nasa não conseguiu resolver este problema que, segundo um porta-voz da agência espacial, Kelly Humphries, obrigará os astronautas a utilizar bolsas plásticas para depositar a urina.
No entanto, Humphries esclareceu que a estação espacial tem água suficiente para mais seis meses.
Ao final da missão, os seis tripulantes voltarão à Terra junto com a astronauta Nicole Scott, engenheira de voo na ISS.
O ônibus espacial Atlantis e seus seis tripulantes seguiram hoje rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) a partir do Centro Espacial Kennedy, no estado americano da Flórida, para uma missão de 11 dias --na qual realizarão três caminhadas espaciais.
O Atlantis saiu com 12,3 toneladas de carga para a estação. O ônibus espacial decolou sem contratempos, às 17h28 de Brasília, conforme previsto, em meio a condições meteorológicas consideradas como ótimas.
Quase cem seguidores do perfil da Nasa (agência espacial norte-americana) no serviço de microblogs Twitter acompanharam o lançamento ao vivo, devido a um concurso feito no mês passado.
Após pelo menos 30 viagens ao espaço, esta será a penúltima missão do Atlantis antes de a Nasa suspender as atividades de seus ônibus espaciais no ano que vem.
A missão STS-129, comandada por Charles Hobaugh, é formada pelos astronautas Mike Foreman, Leland Melvin, Robert Satcher, Randy Bresnik e o piloto Barry Wilmore. É a primeira viagem ao espaço destes três últimos.
Bresnik, Foreman e Satcher devem fazer três caminhadas espaciais para instalar duas plataformas e deixar tudo pronto para a próxima missão, durante a qual o último módulo dos Estados Unidos na ISS será instalado.
Os astronautas da atual missão do Atlantis conviverão com os seis tripulantes da ISS, que há meses enfrentam um problema com o sistema que processa a urina para transformá-la em água potável.
A Nasa não conseguiu resolver este problema que, segundo um porta-voz da agência espacial, Kelly Humphries, obrigará os astronautas a utilizar bolsas plásticas para depositar a urina.
No entanto, Humphries esclareceu que a estação espacial tem água suficiente para mais seis meses.
Ao final da missão, os seis tripulantes voltarão à Terra junto com a astronauta Nicole Scott, engenheira de voo na ISS.
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Sociedade Tecnologia e Ciência
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
CONCLUSÃO REFLEXIVA DE RVCC
Distintos Senhores e Senhoras, Patrícios e Contemporâneos, Digníssimo Júri. Terminado este percurso de RVCC, gostaria de poder dar um louvor, uma sincera palavra de agradecimento, a toda a envolvente humana, que torna possível este empreendimento académico, com a sua dedicação, espírito de missão, empenho e grandeza moral, abdicando de muitos e preciosos momentos da vida e da família, em favor dum projecto em que acreditam e levam a bom termo de corpo e alma.
Em boa verdade, me posso declarar tranquilo e satisfeito com os requisitos exigidos e desempenhos empreendidos, em prol da satisfação das mais diversas solicitações.
Seria irónico afirmar, que na idade em que me encontro com a cultura e as vivencias de que tenho sido usufrutuário, ainda tivesse que consultar compêndios, artigos ou dados, para concepção das mais diversas explanações desenvolvidas; resumiu-se assim este processo de aprendizagem, a sintéticas práticas de optimização de saberes adquiridos e acumulados ao longo do tempo.
Foi assim, como é possível confirmar no meu portefólio, reflectir, ponderar e expressar, as mais diversas teses sobre matérias em análise utilizando apenas os meus conhecimentos e formação moral e intelectual, sem recorrer a outros meios, mesmo correndo o risco, de afrontar conceitos pré-estabelecidos ou ferir sensibilidades.
Assumo este comportamento, não como um qualquer direito, mas como um dever de expressar a minha maturidade, autonomia e convicção, que os tortuosos caminhos da vida moldaram na minha pessoa.
Considero este formato de certificação académica, um lato cálculo de estatística do saber; nem sempre de onde sai fumo se pode presumir a existência de fogueira, não há exactidão total em qualquer cálculo, existe sempre um caracter de indiferença subjacente a qualquer pormenor por mais despercebido que seja, porem, há que distinguir o trigo do joio e entender este tipo de formação fruto de circunstâncias excepcionais, para fins excepcionais e que sofrerão apreciações excepcionais. Ninguém julgue com este percurso, ficar possuidor de algo que não pode possuir, ou ser aquilo que efectivamente não é.
A análise dos referenciais de núcleos geradores nos mais diversos contextos, são uma nova e revolucionária forma de creditação valorativa em contextos alargados de outras culturas, entre nós só o futuro ditará a verdadeira sentença de sua justa utilidade.
Tudo na vida duma pessoa tem um tempo próprio para ser aprendido: - o andar, o falar, ler escrever, contar…
Ainda recordo quanto doloroso foi aos dezoito anos, estudar e interpretar geometria analítica, geometria no espaço, lógica, logaritmos, teorias atómicas, tabelas periódicas, estruturas dos átomos, a cinemática, a estática e a dinâmica, as probabilidades da hereditariedade, os estilos e figuras dos nossos amados autores literários, as correntes do pensamento, o peso da psicologia, - entre uma imensidão de matérias que não venho aqui referir, - ir fazer exame e fazer oral para tirar dez! … Hoje os nossos filhos sofrem o mesmo, nada mudou, parece até que certas formas de avaliação se estigmatizaram.
Falando de novas oportunidades, porventura… ajudem-me… deu-me um lapso de memória... Não estamos a falar da mesma coisa?…
Nesta “encarnação”, estamos a verificar se o cavalheiro ou a senhora… realmente será pessoa de bem… se o seu espírito critico estará ou não parametrizado pelo formato universal… ou se tem conhecimentos alargados e bem definidos sobre: Direitos e Deveres, Complexidade e Mudança, Reflexividade e Pensamento crítico, Identidade e Alteridade, Convicção e Firmeza Ética, Abertura moral, Argumentação e Assertividade, Programação, Equipamentos e Sistemas Técnicos, Ambiente e Sustentabilidade, Saúde, Gestão e Economia, Tecnologias de Informação e Comunicação, Urbanismo e Mobilidade e Saberes Fundamentais.
Pela observação e verificação de desempenho destas matérias, é possível verificar se na formação interior, do agente aculturado dos tais dezoito anos, de à umas quantas décadas atrás, realmente existe ou não formação, que leve ao bom desempenho de hoje.
Com toda a certeza posso afirmar, que é muito tarde para aprender e se não fosse o reflexo do meu passado, seria impossível a solidez deste presente, pois foram para mim extremamente exigentes as provas de conhecimento solicitadas.
Considero, que só um dia num futuro distante, será possível estudar e tecer considerações sobre esta forma de certificação de conhecimentos entre nós, tal como hoje é possível pronunciarmo-nos com justiça e boa fé, sobre eventos outrora ocorridos. Nunca é correcto, criticar ou elogiar, metodologias ou procedimentos em uso experimental, sem se verificarem consolidados os seus frutos; eventualmente os vanguardismos poderão ter um domínio efémero, sendo necessário muito empreendedorismo e boa vontade para levar a bom termo a implementação dum evento revolucionário como este.
A maioria dos autores e criadores, no seu próprio tempo foram desprezíveis, perseguidos até excomungados, porém hoje são divinos ídolos, adorados e respeitados pela nossa civilização.
Vamos pois ter esperança, que algum dia este projecto de aculturação dê frutos e lhe seja prestado o seu verdadeiro tributo.
Na minha óptica, todo este processo apenas sofre dum pecado “ o original “, que é o facto do seu tardio surgimento na cena educacional da nossa sociedade. Deveria ter sido implementado à trinta anos; teria dado um grande progresso civilizacional ao nosso país, com a harmonização e normalização, de qualificações e habilitações, impedindo discrepâncias, abusos e discriminação de pessoas, em contexto de mercado de trabalho.
Nunca esquecerei o dia em que ao dirigir-me a uma empresa de vulto concorrendo um posto de trabalho, confirmando as minhas habilitações literárias e profissionais, fui humilhado, mal tratado e praticamente expulso, só porque o encarregado da contratação viu em mim um possível adversário, uma vez que possuía qualificação superior à sua e lhe poderia disputar o lugar.
Daí em diante, criei o meu próprio emprego e fiz a minha vida aceitando os trabalhos oferecidos, mercê da credibilização que meu mérito e desempenho despertava, até ao dia em que os sinuosos caminhos da vida me convenceram, que um emprego ao pé de casa, tranquilo, junto da família seria o melhor.
Dirigi-me então a uma empresa onde dei como habilitação literária a quarta classe. Foi realmente a situação mais feliz de sempre, eu era um verdadeiro artista, requisitado por todos… um autentico mágico… até ao dia em que do espaço da sua secção, o Engenheiro me viu e surpreso comentou: -…está ali um colega meu do colégio!...
Imediatamente o chefe exclamava: -… só se for da escola primária, aquele operário não tem formação escolar… até trabalha na agricultura… curiosamente, ainda ontem me disse, que com esta chuvita estava mesmo bom para semear nabos….
Efectivamente fora verdade, e foi uma forma maliciosa de lhe chamar nabo… mas mercê da sua deficiente aculturação o imbecil até percebeu outra coisa. O Engenheiro veio cumprimentar-me e confirmar a velha amizade, pelo que mesmo clamando pelo seu silêncio o ambiente veio a deteriorar-se, sendo eu obrigado a procurar novo emprego mas nas mesmas condições de segredo académico,
Deve a nossa sociedade, ser fundamentada culturalmente de forma a não se deixar cair em situações de escravidão, ou presas fáceis do Feudalismo Global e da avidez dos poderosos sem escrúpulos, que tudo podem e tudo conseguem de quem mais não sabe, que servir honestamente, paga-se hoje menos a um licenciado que a um cavador, - desses já há poucos - um massa bruta como o patronato classifica.
Meus amigos… isto é muito feio, espero francamente que as novas oportunidades, causem uma revolução social a todos os níveis e tragam aos nossos filhos um futuro mais risonho e promissor.
A todos o meu muito obrigado por tudo e um bem hajam do tamanho do mundo… até sempre.
Carlos Marques Dias Ferreira
Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte
Marinha Grande 12 de Novembro de 2009
OS MEUS CONTACTOS
diasferreira@yahoo.com.br
diasferreira58@hotmail.com
Em boa verdade, me posso declarar tranquilo e satisfeito com os requisitos exigidos e desempenhos empreendidos, em prol da satisfação das mais diversas solicitações.
Seria irónico afirmar, que na idade em que me encontro com a cultura e as vivencias de que tenho sido usufrutuário, ainda tivesse que consultar compêndios, artigos ou dados, para concepção das mais diversas explanações desenvolvidas; resumiu-se assim este processo de aprendizagem, a sintéticas práticas de optimização de saberes adquiridos e acumulados ao longo do tempo.
Foi assim, como é possível confirmar no meu portefólio, reflectir, ponderar e expressar, as mais diversas teses sobre matérias em análise utilizando apenas os meus conhecimentos e formação moral e intelectual, sem recorrer a outros meios, mesmo correndo o risco, de afrontar conceitos pré-estabelecidos ou ferir sensibilidades.
Assumo este comportamento, não como um qualquer direito, mas como um dever de expressar a minha maturidade, autonomia e convicção, que os tortuosos caminhos da vida moldaram na minha pessoa.
Considero este formato de certificação académica, um lato cálculo de estatística do saber; nem sempre de onde sai fumo se pode presumir a existência de fogueira, não há exactidão total em qualquer cálculo, existe sempre um caracter de indiferença subjacente a qualquer pormenor por mais despercebido que seja, porem, há que distinguir o trigo do joio e entender este tipo de formação fruto de circunstâncias excepcionais, para fins excepcionais e que sofrerão apreciações excepcionais. Ninguém julgue com este percurso, ficar possuidor de algo que não pode possuir, ou ser aquilo que efectivamente não é.
A análise dos referenciais de núcleos geradores nos mais diversos contextos, são uma nova e revolucionária forma de creditação valorativa em contextos alargados de outras culturas, entre nós só o futuro ditará a verdadeira sentença de sua justa utilidade.
Tudo na vida duma pessoa tem um tempo próprio para ser aprendido: - o andar, o falar, ler escrever, contar…
Ainda recordo quanto doloroso foi aos dezoito anos, estudar e interpretar geometria analítica, geometria no espaço, lógica, logaritmos, teorias atómicas, tabelas periódicas, estruturas dos átomos, a cinemática, a estática e a dinâmica, as probabilidades da hereditariedade, os estilos e figuras dos nossos amados autores literários, as correntes do pensamento, o peso da psicologia, - entre uma imensidão de matérias que não venho aqui referir, - ir fazer exame e fazer oral para tirar dez! … Hoje os nossos filhos sofrem o mesmo, nada mudou, parece até que certas formas de avaliação se estigmatizaram.
Falando de novas oportunidades, porventura… ajudem-me… deu-me um lapso de memória... Não estamos a falar da mesma coisa?…
Nesta “encarnação”, estamos a verificar se o cavalheiro ou a senhora… realmente será pessoa de bem… se o seu espírito critico estará ou não parametrizado pelo formato universal… ou se tem conhecimentos alargados e bem definidos sobre: Direitos e Deveres, Complexidade e Mudança, Reflexividade e Pensamento crítico, Identidade e Alteridade, Convicção e Firmeza Ética, Abertura moral, Argumentação e Assertividade, Programação, Equipamentos e Sistemas Técnicos, Ambiente e Sustentabilidade, Saúde, Gestão e Economia, Tecnologias de Informação e Comunicação, Urbanismo e Mobilidade e Saberes Fundamentais.
Pela observação e verificação de desempenho destas matérias, é possível verificar se na formação interior, do agente aculturado dos tais dezoito anos, de à umas quantas décadas atrás, realmente existe ou não formação, que leve ao bom desempenho de hoje.
Com toda a certeza posso afirmar, que é muito tarde para aprender e se não fosse o reflexo do meu passado, seria impossível a solidez deste presente, pois foram para mim extremamente exigentes as provas de conhecimento solicitadas.
Considero, que só um dia num futuro distante, será possível estudar e tecer considerações sobre esta forma de certificação de conhecimentos entre nós, tal como hoje é possível pronunciarmo-nos com justiça e boa fé, sobre eventos outrora ocorridos. Nunca é correcto, criticar ou elogiar, metodologias ou procedimentos em uso experimental, sem se verificarem consolidados os seus frutos; eventualmente os vanguardismos poderão ter um domínio efémero, sendo necessário muito empreendedorismo e boa vontade para levar a bom termo a implementação dum evento revolucionário como este.
A maioria dos autores e criadores, no seu próprio tempo foram desprezíveis, perseguidos até excomungados, porém hoje são divinos ídolos, adorados e respeitados pela nossa civilização.
Vamos pois ter esperança, que algum dia este projecto de aculturação dê frutos e lhe seja prestado o seu verdadeiro tributo.
Na minha óptica, todo este processo apenas sofre dum pecado “ o original “, que é o facto do seu tardio surgimento na cena educacional da nossa sociedade. Deveria ter sido implementado à trinta anos; teria dado um grande progresso civilizacional ao nosso país, com a harmonização e normalização, de qualificações e habilitações, impedindo discrepâncias, abusos e discriminação de pessoas, em contexto de mercado de trabalho.
Nunca esquecerei o dia em que ao dirigir-me a uma empresa de vulto concorrendo um posto de trabalho, confirmando as minhas habilitações literárias e profissionais, fui humilhado, mal tratado e praticamente expulso, só porque o encarregado da contratação viu em mim um possível adversário, uma vez que possuía qualificação superior à sua e lhe poderia disputar o lugar.
Daí em diante, criei o meu próprio emprego e fiz a minha vida aceitando os trabalhos oferecidos, mercê da credibilização que meu mérito e desempenho despertava, até ao dia em que os sinuosos caminhos da vida me convenceram, que um emprego ao pé de casa, tranquilo, junto da família seria o melhor.
Dirigi-me então a uma empresa onde dei como habilitação literária a quarta classe. Foi realmente a situação mais feliz de sempre, eu era um verdadeiro artista, requisitado por todos… um autentico mágico… até ao dia em que do espaço da sua secção, o Engenheiro me viu e surpreso comentou: -…está ali um colega meu do colégio!...
Imediatamente o chefe exclamava: -… só se for da escola primária, aquele operário não tem formação escolar… até trabalha na agricultura… curiosamente, ainda ontem me disse, que com esta chuvita estava mesmo bom para semear nabos….
Efectivamente fora verdade, e foi uma forma maliciosa de lhe chamar nabo… mas mercê da sua deficiente aculturação o imbecil até percebeu outra coisa. O Engenheiro veio cumprimentar-me e confirmar a velha amizade, pelo que mesmo clamando pelo seu silêncio o ambiente veio a deteriorar-se, sendo eu obrigado a procurar novo emprego mas nas mesmas condições de segredo académico,
Deve a nossa sociedade, ser fundamentada culturalmente de forma a não se deixar cair em situações de escravidão, ou presas fáceis do Feudalismo Global e da avidez dos poderosos sem escrúpulos, que tudo podem e tudo conseguem de quem mais não sabe, que servir honestamente, paga-se hoje menos a um licenciado que a um cavador, - desses já há poucos - um massa bruta como o patronato classifica.
Meus amigos… isto é muito feio, espero francamente que as novas oportunidades, causem uma revolução social a todos os níveis e tragam aos nossos filhos um futuro mais risonho e promissor.
A todos o meu muito obrigado por tudo e um bem hajam do tamanho do mundo… até sempre.
Carlos Marques Dias Ferreira
Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte
Marinha Grande 12 de Novembro de 2009
OS MEUS CONTACTOS
diasferreira@yahoo.com.br
diasferreira58@hotmail.com
terça-feira, 17 de novembro de 2009
"Expostos a 'stress', tendemos a tomar decisões erradas"
in http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1421290&seccao=Sa%FAde
Dantes, mal se levantava da cama, às 06.00 da manhã, ia logo pôr o café a fazer. "Adoro o cheiro do café." Agora, a primeira coisa que faz é despachar o e-mail, rotina que repete religiosamente antes de se deitar, por volta das duas. "Não preciso de dormir muito", confessa Nuno Sousa, 41 anos, médico e investigador na área nas Neurociências. "Sete horas de sono são, em média, suficientes para um adulto. Dormir de mais faz mal porque torna os processos mais lentos."
Quando se é uma das maiores autoridades mundiais em stress, não podemos estranhar ter a caixa de correio sempre a abarrotar, e ele não considera educado deixar um mail sem resposta mais de um dia.
O e-mail e o telemóvel podem facilitar-nos a vida, mas são também indutores de stress. "Estamos a acelerar cada vez mais as nossas vidas", constata Nuno, que distingue dois tipos de stress, o bom e o mau. "Debaixo de algum stress, a nossa performance melhora, sem consequências, porque a adrenalina tem um efeito rápido", explica. O problema é o stress crónico, que se verifica quando os estímulos indutores ultrapassam, de forma continuada, a nossa capacidade de adaptação e provocam doenças, fazendo subir a tensão arterial e aumentando o risco de diabetes e depressão.
Nuno tornou-se uma coqueluche mundial ao publicar (em conjunto com sete outros cientistas portugueses) na revista Science, um artigo em que conclui que as pessoas expostas a stress tendem a tomar decisões erradas, mas que isso pode ser resolvido.
Encontrámo-nos na Escola das Ciências de Saúde da Universidade do Minho, de que ele é o director e um dos fundadores. Logo à entrada, ficamos com a sensação de estar numa universidade americana transplantada para o campus de Gualtar, nos arredores de Braga. A escola está povoada por grupos de estudantes com ar feliz, que conversam, comem, estudam e discutem, espalhados por salas e laboratórios com equipamento state of the art.
O ensino da Medicina em Braga é muito diferente do ministrado nas outras faculdades do País. Para praticarem consultas, os 600 alunos têm ao dispor cerca de 70 doentes standard, actores formados durante um ano para serem especialistas numa doença (pericardite, infecção renal, insuficiência respiratória, etc.), também usados no processo de avaliação. Parte dos exames é feita num consultório equipado com uma câmara, que permite aos professores, que estão no gabinete ao lado, seguirem o diálogo entre aluno e actor, a quem previamente entregaram o guião - o falso doente pode começar a consulta a dizer ao futuro médico que só precisa que ele lhe passe uma receita.. .
Depois de uma vista de olhos pela escola, fomos no Toyota Corolla do Nuno para o Arcoense, famoso pela sua comida caseira, onde almoçámos sem stress (não ligámos aos telemóveis) até às 16.30.
Nuno é do Porto, onde se licenciou em Medicina e começou a usar o cérebro para entender como funciona o cérebro. O período de maior stress da sua vida foi a fase final do doutoramento, em que provou que, ao contrário do que se pensava, o stress crónico não provoca uma matança de neurónios e o hipocampo apenas fica atrofiado porque diminuem as sinapses (a comunicação entre neurónios) - ou seja, que eliminando a causa a situação era reversível.
Esta tese foi o ponto de partida para a investigação de uma equipa multidisciplinar (médicos, biólogos, bioquímicos, psicólogos, veterinários e engenheiros de sistemas, biomédicos e biólogos) cujas conclusões publicadas na Science despertaram o interesse do New York Times.
Com base em trabalho laboratorial com ratos, Nuno provou que o stress nos leva a tomar decisões erradas, pois, ao atrofiar o circuito cerebral que nos dá a flexibilidade para encarar e reagir a uma situação adversa e inesperada, deixa-nos dependentes da parte do cérebro onde temos armazenados os hábitos, que nos permitem, por exemplo, guiar até a casa, em piloto automático, sem ligar ao trajecto. A boa notícia é que, através de terapia, fármacos e estímulos eléctricos, vai ser possível, proximamente, activar o circuito atrofiado e poupar-nos aos erros e depressões a que o excesso de pressão nos tem obrigado. Ou seja, dentro de poucos anos, o guarda-redes Enke já não se teria suicidado…
Dantes, mal se levantava da cama, às 06.00 da manhã, ia logo pôr o café a fazer. "Adoro o cheiro do café." Agora, a primeira coisa que faz é despachar o e-mail, rotina que repete religiosamente antes de se deitar, por volta das duas. "Não preciso de dormir muito", confessa Nuno Sousa, 41 anos, médico e investigador na área nas Neurociências. "Sete horas de sono são, em média, suficientes para um adulto. Dormir de mais faz mal porque torna os processos mais lentos."
Quando se é uma das maiores autoridades mundiais em stress, não podemos estranhar ter a caixa de correio sempre a abarrotar, e ele não considera educado deixar um mail sem resposta mais de um dia.
O e-mail e o telemóvel podem facilitar-nos a vida, mas são também indutores de stress. "Estamos a acelerar cada vez mais as nossas vidas", constata Nuno, que distingue dois tipos de stress, o bom e o mau. "Debaixo de algum stress, a nossa performance melhora, sem consequências, porque a adrenalina tem um efeito rápido", explica. O problema é o stress crónico, que se verifica quando os estímulos indutores ultrapassam, de forma continuada, a nossa capacidade de adaptação e provocam doenças, fazendo subir a tensão arterial e aumentando o risco de diabetes e depressão.
Nuno tornou-se uma coqueluche mundial ao publicar (em conjunto com sete outros cientistas portugueses) na revista Science, um artigo em que conclui que as pessoas expostas a stress tendem a tomar decisões erradas, mas que isso pode ser resolvido.
Encontrámo-nos na Escola das Ciências de Saúde da Universidade do Minho, de que ele é o director e um dos fundadores. Logo à entrada, ficamos com a sensação de estar numa universidade americana transplantada para o campus de Gualtar, nos arredores de Braga. A escola está povoada por grupos de estudantes com ar feliz, que conversam, comem, estudam e discutem, espalhados por salas e laboratórios com equipamento state of the art.
O ensino da Medicina em Braga é muito diferente do ministrado nas outras faculdades do País. Para praticarem consultas, os 600 alunos têm ao dispor cerca de 70 doentes standard, actores formados durante um ano para serem especialistas numa doença (pericardite, infecção renal, insuficiência respiratória, etc.), também usados no processo de avaliação. Parte dos exames é feita num consultório equipado com uma câmara, que permite aos professores, que estão no gabinete ao lado, seguirem o diálogo entre aluno e actor, a quem previamente entregaram o guião - o falso doente pode começar a consulta a dizer ao futuro médico que só precisa que ele lhe passe uma receita.. .
Depois de uma vista de olhos pela escola, fomos no Toyota Corolla do Nuno para o Arcoense, famoso pela sua comida caseira, onde almoçámos sem stress (não ligámos aos telemóveis) até às 16.30.
Nuno é do Porto, onde se licenciou em Medicina e começou a usar o cérebro para entender como funciona o cérebro. O período de maior stress da sua vida foi a fase final do doutoramento, em que provou que, ao contrário do que se pensava, o stress crónico não provoca uma matança de neurónios e o hipocampo apenas fica atrofiado porque diminuem as sinapses (a comunicação entre neurónios) - ou seja, que eliminando a causa a situação era reversível.
Esta tese foi o ponto de partida para a investigação de uma equipa multidisciplinar (médicos, biólogos, bioquímicos, psicólogos, veterinários e engenheiros de sistemas, biomédicos e biólogos) cujas conclusões publicadas na Science despertaram o interesse do New York Times.
Com base em trabalho laboratorial com ratos, Nuno provou que o stress nos leva a tomar decisões erradas, pois, ao atrofiar o circuito cerebral que nos dá a flexibilidade para encarar e reagir a uma situação adversa e inesperada, deixa-nos dependentes da parte do cérebro onde temos armazenados os hábitos, que nos permitem, por exemplo, guiar até a casa, em piloto automático, sem ligar ao trajecto. A boa notícia é que, através de terapia, fármacos e estímulos eléctricos, vai ser possível, proximamente, activar o circuito atrofiado e poupar-nos aos erros e depressões a que o excesso de pressão nos tem obrigado. Ou seja, dentro de poucos anos, o guarda-redes Enke já não se teria suicidado…
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Sociedade Tecnologia e Ciência
Mexilhão e amêijoa ameaçados pelo aumento de dióxido de carbono nas águas
in http://www.cienciahoje.pt/portal/36934
Dentro de 50 a cem anos o mexilhão, a amêijoa, as estrelas-do-mar ou os corais podem estar em perigo de vida devido à acidificação dos mares, fenómeno provocado pelo aumento do dióxido de carbono (CO2) na atmosfera e na água.
Uma equipa de cientistas do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve, liderada pelo professor Luís Chicharo, está a estudar o impacto da acidificação dos mares na vida de bivalves como o mexilhão, a amêijoa-boa ou o pé-de-burrinho.
O CO2 que anda na atmosfera também se dissolve na água do mar e forma um ácido fraco - o ácido carbónico - que faz baixar o pH da água, ou seja, torna a água "ligeiramente mais ácida", explicou Pedro Range, investigador da Universidade do Algarve.
Os resultados preliminares indicam que ao contactarem com águas mais ácidas do que as do seu habitat actual aqueles organismos marinhos com conchas ficaram mais débeis.
"Encontrámos conchas menos densas nos bivalves cultivados nas condições de acidificação mais extrema e encontrámos alterações ao nível da fisiologia - têm mais dificuldade em se alimentarem, mais dificuldade em sintetizarem tecido e, em geral, têm uma condição mais débil", alertou o investigador, a propósito do Dia Nacional do Mar, que se assinala na segunda-feira.
Experiências em laboratório
Embora a equipa de cientistas não tenha ainda descoberto efeitos directos da acidificação das águas a nível da mortalidade dos bivalves, o investigador Pedro Range sublinhou que os resultados actuais são com base, apenas, em experiências em laboratório, ou seja, em ambiente controlado.
"Estes bivalves não tiveram interacção com outros organismos, não houve predadores, nem outros distúrbios que existem em meio natural", observou o especialista, referindo que as consequências na natureza podem ser "muito mais graves e mais sérias para os organismos".
O projecto Acid Biv insere-se numa rede europeia de financiamento que tem como parceiros Espanha, Tunísia e Itália. O objectivo é investigar as consequências das alterações climáticas na zona do mar Mediterrâneo, onde o cultivo de bivalves tem uma forte importância económica.
O fenómeno da acidificação das águas vai alterar, no futuro, a fisiologia e morfologia dos bivalves, dos crustáceos e de outros organismos marinhos. Assim, prevê-se que dentro de "50 a 100 anos haja reduções de valores do pH da água do mar que variam de quatro a sete décimas de unidade de pH", advertiu o investigador, explicando que a diminuição de uma unidade de pH "corresponde efectivamente um aumento de concentração de iões de hidrogénio em dez vezes".
O projecto Acid Biv vai prolongar-se mais um ano. Os invetsigadores esperam que em finais de 2010 haja já informações mais exactas sobre aquilo que realmente poderá acontecer aos bivalves e moluscos do Mediterrâneo nas próximas décadas.
Dentro de 50 a cem anos o mexilhão, a amêijoa, as estrelas-do-mar ou os corais podem estar em perigo de vida devido à acidificação dos mares, fenómeno provocado pelo aumento do dióxido de carbono (CO2) na atmosfera e na água.
Uma equipa de cientistas do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve, liderada pelo professor Luís Chicharo, está a estudar o impacto da acidificação dos mares na vida de bivalves como o mexilhão, a amêijoa-boa ou o pé-de-burrinho.
O CO2 que anda na atmosfera também se dissolve na água do mar e forma um ácido fraco - o ácido carbónico - que faz baixar o pH da água, ou seja, torna a água "ligeiramente mais ácida", explicou Pedro Range, investigador da Universidade do Algarve.
Os resultados preliminares indicam que ao contactarem com águas mais ácidas do que as do seu habitat actual aqueles organismos marinhos com conchas ficaram mais débeis.
"Encontrámos conchas menos densas nos bivalves cultivados nas condições de acidificação mais extrema e encontrámos alterações ao nível da fisiologia - têm mais dificuldade em se alimentarem, mais dificuldade em sintetizarem tecido e, em geral, têm uma condição mais débil", alertou o investigador, a propósito do Dia Nacional do Mar, que se assinala na segunda-feira.
Experiências em laboratório
Embora a equipa de cientistas não tenha ainda descoberto efeitos directos da acidificação das águas a nível da mortalidade dos bivalves, o investigador Pedro Range sublinhou que os resultados actuais são com base, apenas, em experiências em laboratório, ou seja, em ambiente controlado.
"Estes bivalves não tiveram interacção com outros organismos, não houve predadores, nem outros distúrbios que existem em meio natural", observou o especialista, referindo que as consequências na natureza podem ser "muito mais graves e mais sérias para os organismos".
O projecto Acid Biv insere-se numa rede europeia de financiamento que tem como parceiros Espanha, Tunísia e Itália. O objectivo é investigar as consequências das alterações climáticas na zona do mar Mediterrâneo, onde o cultivo de bivalves tem uma forte importância económica.
O fenómeno da acidificação das águas vai alterar, no futuro, a fisiologia e morfologia dos bivalves, dos crustáceos e de outros organismos marinhos. Assim, prevê-se que dentro de "50 a 100 anos haja reduções de valores do pH da água do mar que variam de quatro a sete décimas de unidade de pH", advertiu o investigador, explicando que a diminuição de uma unidade de pH "corresponde efectivamente um aumento de concentração de iões de hidrogénio em dez vezes".
O projecto Acid Biv vai prolongar-se mais um ano. Os invetsigadores esperam que em finais de 2010 haja já informações mais exactas sobre aquilo que realmente poderá acontecer aos bivalves e moluscos do Mediterrâneo nas próximas décadas.
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Sociedade Tecnologia e Ciência
Projecto para identificar espécies pelo ADN será lançado em Julho de 2010
in http://aeiou.expresso.pt/ciencia-projecto-para-identificar-especies-pelo-adn-sera-lancado-em-julho-de-2010=f546709
Um plano científico internacional, conhecido como Iniciativa do Código de Barras da Vida, que pretende criar uma base de dados global de identificação das espécies a partir de sequências curtas de ADN, será lançado em Julho.
De acordo com o director científico do projecto, o canadiano Paul Hebert, Julho de 2010, a meio do Ano Internacional da Biodiversidade, será a data ideal para arrancar.
A partir dessa data, e durante cinco anos, serão investidos 150 milhões de dólares para identificar 500 mil espécies mediante os seus genes e introduzir cinco milhões de registos na base de dados.
Um plano científico internacional, conhecido como Iniciativa do Código de Barras da Vida, que pretende criar uma base de dados global de identificação das espécies a partir de sequências curtas de ADN, será lançado em Julho.
De acordo com o director científico do projecto, o canadiano Paul Hebert, Julho de 2010, a meio do Ano Internacional da Biodiversidade, será a data ideal para arrancar.
A partir dessa data, e durante cinco anos, serão investidos 150 milhões de dólares para identificar 500 mil espécies mediante os seus genes e introduzir cinco milhões de registos na base de dados.
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segunda-feira, 16 de novembro de 2009
El suicidio de la cultura nazca
El misterioso pueblo preincaico que sembró Perú de geoglifos gigantes desapareció víctima de su propia deforestación
in http://www.elpais.com/articulo/sociedad/suicidio/cultura/nazca/elpepusoc/20091114elpepusoc_8/Tes
Aunque nunca fue un imperio, la cultura nazca, que floreció en Perú más de mil años antes que la inca, tiene fama por derecho propio. Los enormes geoglifos que dejaron los nazca en las pampas desérticas del mismo nombre, y que sólo se pueden apreciar plenamente desde una avioneta que los sobrevuele, causan al visitante una mezcla de admiración y misticismo. No ha faltado quien ha sugerido que en realidad son obra de extraterrestres. Lo cierto es que siguen siendo un misterio que intriga a los investigadores, igual que la súbita desaparición de la civilización, alrededor del año 500 después de Cristo. En realidad, se cree que un fuerte fenómeno de El Niño causó severas inundaciones y desencadenó la decadencia de los nazca; pero un reciente estudio sugiere que éstos también tuvieron parte de responsabilidad en lo que bien podría considerarse una de las primeras catástrofes ecológicas causadas por la mano del hombre.
La investigación, encabezada por David Beresford-Jones, del Instituto de Investigación Arqueológica de la Universidad de Cambridge y reseñada recientemente por la revista Nature, sostiene que si los nazca -que eran notables ingenieros hidráulicos- sucumbieron por los deslizamientos e inundaciones provocadas por el fenómeno de El Niño fue porque ellos mismos debilitaron sus suelos al talar extensos bosques, principalmente de huarango -un árbol que puede vivir más de mil años y es clave en su ecosistema-, para dedicar el terreno a cultivos agrícolas. "Siempre se ha recurrido a dramáticos fenómenos climáticos para explicar los cambios culturales en los Andes", señala Beresford-Jones en Nature. "Pero esto no se sostiene, si nos basamos en lo que sabemos sobre la cultura humana. Se da la imagen de una cultura estática, golpeada por acontecimientos sobre los que no tiene control. Los nativos americanos no siempre vivieron en armonía con su entorno".
Mediante simulaciones hechas con ordenador, los investigadores muestran que las fuertes lluvias e inundaciones de un Niño severo -como el que efectivamente golpeó la costa peruana en ese tiempo, de acuerdo con los vestigios arqueológicos encontrados en la zona- podrían haber causado graves daños al complejo sistema de canales creados por los nazca para irrigar sus cultivos. Si los efectos fueron devastadores fue porque, al talar los bosques, los nazca eliminaron el complejo sistema de raíces que mantenía firme el suelo de sus valles. "Cuando El Niño llegó, se llevó consigo el suelo de la planicie, debido a que éste ya no era sostenido por el bosque. Esto causó la erosión y volvió inservibles los sistemas de irrigación", explica Beresford-Jones. Para corroborar esta tesis, Alex Chepstow-Lusty, paleoecólogo que trabaja en el Instituto Francés de Estudios Andinos, analizó muestras de polen de uno de los valles. El resultado dejaba claro que, mientras que los vestigios más antiguos correspondían a árboles como el huarango, las muestras posteriores pertenecían a cultivos como el maíz y el algodón. Después hay un cambio dramático: los sembrados desaparecen y son reemplazados por la mala hierba, la evidencia del desastre natural. Ésta finalmente también desapareció y dejó el terreno como está en la actualidad: convertido en un desierto.
A juzgar por lo que se puede ver hoy día en la región costera de Ica, de poco sirvió la experiencia de los nazca, porque la devastación de los bosques secos continúa hasta nuestros días y ha llevado al huarango al borde de la extinción. Los oasis de huarango que consignaron los primeros colonizadores españoles en sus crónicas, mil años posteriores al desastre de los nazca, ya no existen. El árbol es ahora derribado en minutos para convertir su madera en carbón, pese a que su tala ha sido prohibida por una ley regional. Según explica Consuelo Borda, que trabaja en un proyecto de reforestación que busca salvar los escasos reductos de huarango que aún sobreviven, el 99% de la población original de huarangos en Ica ha desaparecido. "Antes, hace unas décadas, podías encontrar huarangos incluso en el centro de la ciudad y en las acequias de las afueras; ahora se ha depredado tanto que los últimos reductos de bosque están en algunas dunas en el desierto". El huarango es clave en Ica, y no sólo por ser un árbol emblemático de la región, sino también porque su capacidad de adaptarse incluso en los suelos más hostiles ayuda a mantener a raya al desierto. Sus raíces son capaces de penetrar varios metros en el subsuelo hasta llegar a la capa freática; sus hojas atrapan la humedad que proviene del mar y, además, convertidas en hojarasca, se transforman en un importante fertilizante conocido como poña; y su fruto, la huaranga, puede consumirse directamente o convertirse en harina para elaborar otros productos. "Tres años después de sembrado, el huarango empieza a dar sus primeros frutos y puede ser una fuente de ingresos para las familias", indica Consuelo Borda.
El proyecto de reforestación, en el que también participan las ONG Asociación para la Niñez y su Ambiente, de Perú, y Trees for Cities, del Reino Unido, ha sembrado hasta el momento cerca de 20.000 huarangos en Ica, y también maneja una concesión forestal de unas 120 hectáreas en Usaca, cerca de la actual ciudad de Nazca. Pero, según Borda, el trabajo va más allá de sólo sembrar nuevos árboles: es necesario educar a la población para que aprecie sus virtudes y los defienda de los carboneros. El trabajo empieza capacitando a la gente para que utilice otros árboles, como el espino -que es capaz de regenerarse con rapidez-, para obtener leña. "Nosotros no plantamos un árbol así no más", añade Borda. "Primero capacitamos a la gente, luego sembramos con ellos". El trabajo empieza con los más pequeños, a los que se les enseña el valor del árbol. Aunque han pasado cerca de 1.500 años desde la catástrofe ecológica de los nazca, quizá sus descendientes aún estén a tiempo de aprender la lección.
in http://www.elpais.com/articulo/sociedad/suicidio/cultura/nazca/elpepusoc/20091114elpepusoc_8/Tes
Aunque nunca fue un imperio, la cultura nazca, que floreció en Perú más de mil años antes que la inca, tiene fama por derecho propio. Los enormes geoglifos que dejaron los nazca en las pampas desérticas del mismo nombre, y que sólo se pueden apreciar plenamente desde una avioneta que los sobrevuele, causan al visitante una mezcla de admiración y misticismo. No ha faltado quien ha sugerido que en realidad son obra de extraterrestres. Lo cierto es que siguen siendo un misterio que intriga a los investigadores, igual que la súbita desaparición de la civilización, alrededor del año 500 después de Cristo. En realidad, se cree que un fuerte fenómeno de El Niño causó severas inundaciones y desencadenó la decadencia de los nazca; pero un reciente estudio sugiere que éstos también tuvieron parte de responsabilidad en lo que bien podría considerarse una de las primeras catástrofes ecológicas causadas por la mano del hombre.
La investigación, encabezada por David Beresford-Jones, del Instituto de Investigación Arqueológica de la Universidad de Cambridge y reseñada recientemente por la revista Nature, sostiene que si los nazca -que eran notables ingenieros hidráulicos- sucumbieron por los deslizamientos e inundaciones provocadas por el fenómeno de El Niño fue porque ellos mismos debilitaron sus suelos al talar extensos bosques, principalmente de huarango -un árbol que puede vivir más de mil años y es clave en su ecosistema-, para dedicar el terreno a cultivos agrícolas. "Siempre se ha recurrido a dramáticos fenómenos climáticos para explicar los cambios culturales en los Andes", señala Beresford-Jones en Nature. "Pero esto no se sostiene, si nos basamos en lo que sabemos sobre la cultura humana. Se da la imagen de una cultura estática, golpeada por acontecimientos sobre los que no tiene control. Los nativos americanos no siempre vivieron en armonía con su entorno".
Mediante simulaciones hechas con ordenador, los investigadores muestran que las fuertes lluvias e inundaciones de un Niño severo -como el que efectivamente golpeó la costa peruana en ese tiempo, de acuerdo con los vestigios arqueológicos encontrados en la zona- podrían haber causado graves daños al complejo sistema de canales creados por los nazca para irrigar sus cultivos. Si los efectos fueron devastadores fue porque, al talar los bosques, los nazca eliminaron el complejo sistema de raíces que mantenía firme el suelo de sus valles. "Cuando El Niño llegó, se llevó consigo el suelo de la planicie, debido a que éste ya no era sostenido por el bosque. Esto causó la erosión y volvió inservibles los sistemas de irrigación", explica Beresford-Jones. Para corroborar esta tesis, Alex Chepstow-Lusty, paleoecólogo que trabaja en el Instituto Francés de Estudios Andinos, analizó muestras de polen de uno de los valles. El resultado dejaba claro que, mientras que los vestigios más antiguos correspondían a árboles como el huarango, las muestras posteriores pertenecían a cultivos como el maíz y el algodón. Después hay un cambio dramático: los sembrados desaparecen y son reemplazados por la mala hierba, la evidencia del desastre natural. Ésta finalmente también desapareció y dejó el terreno como está en la actualidad: convertido en un desierto.
A juzgar por lo que se puede ver hoy día en la región costera de Ica, de poco sirvió la experiencia de los nazca, porque la devastación de los bosques secos continúa hasta nuestros días y ha llevado al huarango al borde de la extinción. Los oasis de huarango que consignaron los primeros colonizadores españoles en sus crónicas, mil años posteriores al desastre de los nazca, ya no existen. El árbol es ahora derribado en minutos para convertir su madera en carbón, pese a que su tala ha sido prohibida por una ley regional. Según explica Consuelo Borda, que trabaja en un proyecto de reforestación que busca salvar los escasos reductos de huarango que aún sobreviven, el 99% de la población original de huarangos en Ica ha desaparecido. "Antes, hace unas décadas, podías encontrar huarangos incluso en el centro de la ciudad y en las acequias de las afueras; ahora se ha depredado tanto que los últimos reductos de bosque están en algunas dunas en el desierto". El huarango es clave en Ica, y no sólo por ser un árbol emblemático de la región, sino también porque su capacidad de adaptarse incluso en los suelos más hostiles ayuda a mantener a raya al desierto. Sus raíces son capaces de penetrar varios metros en el subsuelo hasta llegar a la capa freática; sus hojas atrapan la humedad que proviene del mar y, además, convertidas en hojarasca, se transforman en un importante fertilizante conocido como poña; y su fruto, la huaranga, puede consumirse directamente o convertirse en harina para elaborar otros productos. "Tres años después de sembrado, el huarango empieza a dar sus primeros frutos y puede ser una fuente de ingresos para las familias", indica Consuelo Borda.
El proyecto de reforestación, en el que también participan las ONG Asociación para la Niñez y su Ambiente, de Perú, y Trees for Cities, del Reino Unido, ha sembrado hasta el momento cerca de 20.000 huarangos en Ica, y también maneja una concesión forestal de unas 120 hectáreas en Usaca, cerca de la actual ciudad de Nazca. Pero, según Borda, el trabajo va más allá de sólo sembrar nuevos árboles: es necesario educar a la población para que aprecie sus virtudes y los defienda de los carboneros. El trabajo empieza capacitando a la gente para que utilice otros árboles, como el espino -que es capaz de regenerarse con rapidez-, para obtener leña. "Nosotros no plantamos un árbol así no más", añade Borda. "Primero capacitamos a la gente, luego sembramos con ellos". El trabajo empieza con los más pequeños, a los que se les enseña el valor del árbol. Aunque han pasado cerca de 1.500 años desde la catástrofe ecológica de los nazca, quizá sus descendientes aún estén a tiempo de aprender la lección.
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Sociedade Tecnologia e Ciência
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Raios X são o invento científico mais importante da História
Por Redacção A BOLA, in http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=182172
O museu de ciência de Londres levou a cabo uma sondagem para eleger o invento científico mais importante da História. Ao todo participaram cerca de 50 mil visitantes e a escolha recaiu sobre os raios X.
Os raios X receberam o voto de cerca de 10 mil visitantes do museu, ultrapassando inventos como o telégrafo, o computador ou o motor a vapor.
«A máquina de raios X revolucionou a ciência porque permitiu à medicina entender como ocorrem as enfermidades dentro do corpo humano», afirmou o médico Tim Boon, um dos responsáveis pelo inquérito, em declarações à ‘BBC.
O museu de ciência de Londres levou a cabo uma sondagem para eleger o invento científico mais importante da História. Ao todo participaram cerca de 50 mil visitantes e a escolha recaiu sobre os raios X.
Os raios X receberam o voto de cerca de 10 mil visitantes do museu, ultrapassando inventos como o telégrafo, o computador ou o motor a vapor.
«A máquina de raios X revolucionou a ciência porque permitiu à medicina entender como ocorrem as enfermidades dentro do corpo humano», afirmou o médico Tim Boon, um dos responsáveis pelo inquérito, em declarações à ‘BBC.
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terça-feira, 3 de novembro de 2009
Pensamento do dia
Nunca se preocupe com os problemas, quaisquer que eles sejam. Enfrente-os sempre como se fossem exames pelos quais tem de passar.
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Porque a vida não é só trabalho...
Abóboras afastam as bruxas e… os micróbios!
in http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=36426&op=all
Na véspera das comemorações do Halloween surge a notícia de que as abóboras, tradicionalmente esculpidas e iluminadas para “assustar as bruxas”, contêm uma substância que afasta os micróbios, causadores de milhões de infecções fúngicas em adultos e crianças. Esta constatação surge num estudo conduzido por cientistas coreanos e publicado na última edição da revista especializada “Journal of Agricultural and Food Chemistry”.
A equipa de investigadores liderada por Kyung-Soo Hahm e Yoonkyung Park explica que alguns microrganismos estão a tornar-se cada vez mais resistentes aos antibióticos existentes. Neste sentido, cientistas de todo o mundo têm vindo a procurar novas fórmulas de antibiótico capazes de combater a imunidade dos micróbios.
Na sequência desta busca, os investigadores coreanos extraíram proteínas de cascas de abóbora a fim de verificar se estas inibem o crescimento de micróbios, incluindo o Candida albicans, uma espécie de fungo associado a alguns tipos de infecção oral e vaginal. Uma das proteínas estudadas, a PR-2,foi eficiente na inibição do crescimento do Candida albicans, sem efeitos tóxicos evidentes. Além disso, retardou o crescimento de vários fungos que atacam plantações , podendo assim tornar-se útil como fungicida agrícola.
Os cientistas sugerem agora que a PR-2 seja incorporada em medicamentos naturais no sentido de combater infecções fúngicas. Em países como o México, Cuba e Índia, a casca da abóbora é utilizada desde tempos ancestrais como forma de impedir o crescimento de microrganismos.
Na véspera das comemorações do Halloween surge a notícia de que as abóboras, tradicionalmente esculpidas e iluminadas para “assustar as bruxas”, contêm uma substância que afasta os micróbios, causadores de milhões de infecções fúngicas em adultos e crianças. Esta constatação surge num estudo conduzido por cientistas coreanos e publicado na última edição da revista especializada “Journal of Agricultural and Food Chemistry”.
A equipa de investigadores liderada por Kyung-Soo Hahm e Yoonkyung Park explica que alguns microrganismos estão a tornar-se cada vez mais resistentes aos antibióticos existentes. Neste sentido, cientistas de todo o mundo têm vindo a procurar novas fórmulas de antibiótico capazes de combater a imunidade dos micróbios.
Na sequência desta busca, os investigadores coreanos extraíram proteínas de cascas de abóbora a fim de verificar se estas inibem o crescimento de micróbios, incluindo o Candida albicans, uma espécie de fungo associado a alguns tipos de infecção oral e vaginal. Uma das proteínas estudadas, a PR-2,foi eficiente na inibição do crescimento do Candida albicans, sem efeitos tóxicos evidentes. Além disso, retardou o crescimento de vários fungos que atacam plantações , podendo assim tornar-se útil como fungicida agrícola.
Os cientistas sugerem agora que a PR-2 seja incorporada em medicamentos naturais no sentido de combater infecções fúngicas. Em países como o México, Cuba e Índia, a casca da abóbora é utilizada desde tempos ancestrais como forma de impedir o crescimento de microrganismos.
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O desemprego e a geração Facebook
in http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI102170-15259,00.html
Bem-preparada, mas sem oportunidades, a juventude americana pode se tornar a maior vítima da crise econômica
DANILO VENTICINQUE
Depois de morar por seis meses em um apartamento com colegas de faculdade, Eric Georgantes, de 23 anos, teve de voltar para a casa dos pais. O motivo, impensável antes da crise econômica, hoje é cada vez mais comum entre universitários americanos: apesar de estudarem em grandes universidades, nem ele nem seus três colegas conseguiram um emprego de meio-período para pagar o aluguel.
Bem-preparado mas inexperiente, Eric é um retrato da chamada “geração Facebook”: jovens universitários e recém-formados que tiveram o azar de entrar no mercado de trabalho em um dos piores períodos da história da economia americana – e agora pagam por isso.
“Estou no último ano de Ciência Política, mas meu último emprego foi o de cuidador de cachorros, há um ano”, diz Eric. “Procurei trabalho em lojas, restaurantes e até na universidade, mas não consegui nenhuma entrevista. Com 9,8% de desemprego no país, era de se esperar.”
Tradicionalmente, a taxa de desemprego nos Estados Unidos flutua entre 4% e 5%. Com o impacto da crise econômica, essa porcentagem dobrou. Os jovens foram os mais afetados. Em setembro de 2009, apenas 46% dos americanos com até 24 anos estavam empregados. É o menor índice desde que o governo americano começou a medir essa estatística, em 1948.
Os números mostram uma nova e preocupante realidade no país. Com a recessão, muitas das vagas de emprego em lojas e lanchonetes, antes destinadas a universitários, deixaram de existir. As que sobraram passaram a atrair pessoas mais velhas que perderam o emprego devido à crise – e têm mais experiência e tempo disponível do que os estudantes.
Para piorar a vida dos estudantes, universidades que mantinham seus preços congelados há muitos anos tiveram de aumentá-los para conter os efeitos da recessão. O resultado: nunca foi tão caro – e tão difícil – cursar uma faculdade nos Estados Unidos.
Segundo a Secretaria de Educação do país, o universitário americano tem, em média, uma dívida de US$ 27 mil (cerca de R$ 47 mil) ao se formar. A inadimplência vem crescendo ao longo dos anos. Em 2007, chegou a 6,7%. Os números de 2008 e 2009 ainda não foram divulgados, mas a expectativa do governo é de um aumento acentuado.
O motivo para o pessimismo é simples: ao contrário do que ocorria no passado, o diploma universitário deixou de ser garantia de emprego nos Estados Unidos. Antes da crise, a taxa de desempregados com ensino superior completo chegou a irrisórios 2,6%. Agora, ela é de 18% para jovens até 24 anos, e 11% entre os que têm 25 e 29 anos. Se forem descartados aqueles que estão subempregados, o número é ainda mais impressionante. Segundo a Associação Nacional de Faculdades e Empregadores (Nace, na sigla em inglês), apenas 1 em cada 5 formandos de 2008 conseguiu um emprego em período integral na sua área de formação.
Michael Byerly, de 22 anos, faz parte dos 80% que tentaram uma colocação profissional e não tiveram sucesso. Formado em Contabilidade no ano passado, ele só conseguiu empregos temporários – nenhum deles como contador. “Estou economizando e fazendo tudo o que eu posso para não atrasar as prestações do crédito estudantil”, diz. “Muitos colegas meus estão em depressão, e outros voltaram para a faculdade só para ter alguma coisa para fazer.”
Também formado em 2008, Nicolas Lehmann, de 23 anos, vive uma situação semelhante: “A maioria dos meus colegas de turma trabalha em mercados ou restaurantes. Só dois conseguiram um emprego na área.”
Profissões ligadas a finanças, como a de contador, foram as mais afetadas pela crise econômica. Muitos contadores experientes foram demitidos nos últimos anos e passaram a aceitar empregos que antes eram reservados aos recém-formados. “Vagas com salários baixos passaram a exigir de um a três anos de experiência, e há bem menos vagas do que havia antes da crise”, afirma Michael.
GERAÇÃO PERDIDA
Histórias como as de Eric, Michael e Nicolas proliferam em todo o país e chegam a atingir universidades inteiras. A Universidade da Pennsylvania é um dos exemplos mais dramáticos. Até 2007, mais de um terço de seus formandos era contratado todos os anos por empresas de Wall Street. Depois da crise, o número se aproxima de zero.
Preocupadas com a falta de empregos, algumas universidades decidiram incentivar seus alunos a buscar alternativas após a formatura. “Muitos estudantes estão deixando de lado suas primeiras opções de carreira para se dedicar a áreas que estão em crescimento, como a sustentabilidade”, afirma Kathy Sims, diretora de carreira da Universidade da Califórnia. “A procura por trabalhos voluntários também tem crescido, seja aqui nos Estados Unidos ou no exterior”, diz. Segundo ela, as empresas do país costumam valorizar essas experiências de curto prazo e podem contratar o estudante no futuro – desde que a situação econômica do país melhore.
Bem-preparada, mas sem oportunidades, a juventude americana pode se tornar a maior vítima da crise econômica
DANILO VENTICINQUE
Depois de morar por seis meses em um apartamento com colegas de faculdade, Eric Georgantes, de 23 anos, teve de voltar para a casa dos pais. O motivo, impensável antes da crise econômica, hoje é cada vez mais comum entre universitários americanos: apesar de estudarem em grandes universidades, nem ele nem seus três colegas conseguiram um emprego de meio-período para pagar o aluguel.
Bem-preparado mas inexperiente, Eric é um retrato da chamada “geração Facebook”: jovens universitários e recém-formados que tiveram o azar de entrar no mercado de trabalho em um dos piores períodos da história da economia americana – e agora pagam por isso.
“Estou no último ano de Ciência Política, mas meu último emprego foi o de cuidador de cachorros, há um ano”, diz Eric. “Procurei trabalho em lojas, restaurantes e até na universidade, mas não consegui nenhuma entrevista. Com 9,8% de desemprego no país, era de se esperar.”
Tradicionalmente, a taxa de desemprego nos Estados Unidos flutua entre 4% e 5%. Com o impacto da crise econômica, essa porcentagem dobrou. Os jovens foram os mais afetados. Em setembro de 2009, apenas 46% dos americanos com até 24 anos estavam empregados. É o menor índice desde que o governo americano começou a medir essa estatística, em 1948.
Os números mostram uma nova e preocupante realidade no país. Com a recessão, muitas das vagas de emprego em lojas e lanchonetes, antes destinadas a universitários, deixaram de existir. As que sobraram passaram a atrair pessoas mais velhas que perderam o emprego devido à crise – e têm mais experiência e tempo disponível do que os estudantes.
Para piorar a vida dos estudantes, universidades que mantinham seus preços congelados há muitos anos tiveram de aumentá-los para conter os efeitos da recessão. O resultado: nunca foi tão caro – e tão difícil – cursar uma faculdade nos Estados Unidos.
Segundo a Secretaria de Educação do país, o universitário americano tem, em média, uma dívida de US$ 27 mil (cerca de R$ 47 mil) ao se formar. A inadimplência vem crescendo ao longo dos anos. Em 2007, chegou a 6,7%. Os números de 2008 e 2009 ainda não foram divulgados, mas a expectativa do governo é de um aumento acentuado.
O motivo para o pessimismo é simples: ao contrário do que ocorria no passado, o diploma universitário deixou de ser garantia de emprego nos Estados Unidos. Antes da crise, a taxa de desempregados com ensino superior completo chegou a irrisórios 2,6%. Agora, ela é de 18% para jovens até 24 anos, e 11% entre os que têm 25 e 29 anos. Se forem descartados aqueles que estão subempregados, o número é ainda mais impressionante. Segundo a Associação Nacional de Faculdades e Empregadores (Nace, na sigla em inglês), apenas 1 em cada 5 formandos de 2008 conseguiu um emprego em período integral na sua área de formação.
Michael Byerly, de 22 anos, faz parte dos 80% que tentaram uma colocação profissional e não tiveram sucesso. Formado em Contabilidade no ano passado, ele só conseguiu empregos temporários – nenhum deles como contador. “Estou economizando e fazendo tudo o que eu posso para não atrasar as prestações do crédito estudantil”, diz. “Muitos colegas meus estão em depressão, e outros voltaram para a faculdade só para ter alguma coisa para fazer.”
Também formado em 2008, Nicolas Lehmann, de 23 anos, vive uma situação semelhante: “A maioria dos meus colegas de turma trabalha em mercados ou restaurantes. Só dois conseguiram um emprego na área.”
Profissões ligadas a finanças, como a de contador, foram as mais afetadas pela crise econômica. Muitos contadores experientes foram demitidos nos últimos anos e passaram a aceitar empregos que antes eram reservados aos recém-formados. “Vagas com salários baixos passaram a exigir de um a três anos de experiência, e há bem menos vagas do que havia antes da crise”, afirma Michael.
GERAÇÃO PERDIDA
Histórias como as de Eric, Michael e Nicolas proliferam em todo o país e chegam a atingir universidades inteiras. A Universidade da Pennsylvania é um dos exemplos mais dramáticos. Até 2007, mais de um terço de seus formandos era contratado todos os anos por empresas de Wall Street. Depois da crise, o número se aproxima de zero.
Preocupadas com a falta de empregos, algumas universidades decidiram incentivar seus alunos a buscar alternativas após a formatura. “Muitos estudantes estão deixando de lado suas primeiras opções de carreira para se dedicar a áreas que estão em crescimento, como a sustentabilidade”, afirma Kathy Sims, diretora de carreira da Universidade da Califórnia. “A procura por trabalhos voluntários também tem crescido, seja aqui nos Estados Unidos ou no exterior”, diz. Segundo ela, as empresas do país costumam valorizar essas experiências de curto prazo e podem contratar o estudante no futuro – desde que a situação econômica do país melhore.
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ONU diz que países não aceitarão acordo sobre clima sem compromissos dos EUA
in http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI102343-15228,00.html
Advertência foi feita pelo secretário-executivo da Convenção do Clima da ONU, Yvo de Boer. Brasil deve decidir nesta terça-feira (3) sobre a proposta que levará a Copenhague.
REDAÇÃO ÉPOCA, COM EFE E AGÊNCIA BRASIL
Yvo De Boer participa em Barcelona da última reunião preparatória à conferência que a ONU realizará em Copenhague, em dezembro. O encontro deverá produzir acordos "claros" que sirvam para dar continuidade ao Protocolo de Kioto, assinado em 1997 por 184 países, entre os quais não estão os EUA.
O responsável da ONU não acredita que a reunião em Barcelona, com mais de 4 mil delegados de 181 países, tenha resultados "espetaculares", mas ele confia em que ajudará a criar a "arquitetura básica" para Copenhague. O atual acordo sobre emissões de dióxido de carbono (CO2) vence em 2012 e a maior parte de seus compromissos segue vigente.
Nesse sentido, disse que os delegados só têm cinco dias de negociações para oferecer propostas concretas e viáveis para todos os Estados, tanto os ricos quanto os em vias de desenvolvimento.
As emissões per capita de gases que agravam o efeito estufa são muitos menores nos países pobres, por isso os delegados pedem ajuda financeira para reduzir a liberação poluente na atmosfera sem perder capacidade de crescimento.
De Boer afirmou que entre os aspectos fundamentais para se chegar a um acordo está um compromisso ambicioso da redução de emissões dos países desenvolvidos que, segundo o relatório de avaliação de especialistas sobre a mudança climática da ONU, deveria ser de entre 25% e 40% frente aos números registrados em 1990, e que cada país assuma objetivos individuais até 2030.
Além disso, insistiu em que o acordo deverá reunir medidas de mitigação para os países em desenvolvimento, compromisso no qual também devem estar envolvidos os países ricos, que devem ajudar a financiar o processo, sem que estas ajudas danifiquem programas de cooperação, como temem as economias em desenvolvimento.
De Boer afirmou que o respaldo financeiro e tecnológico para mitigar o aquecimento global deveria sair da reunião de Copenhague com uma verba inicial de US$ 10 bilhões (o valor global ronda os US$ 250 bilhões até 2020) e antecipou que deverá apoiar-se especialmente na luta contra o desmatamento.
Neste sentido, destacou o anúncio feito hoje pela vice-presidente do Governo espanhol, María Teresa Fernández de la Vega, de que a Espanha fornecerá 100 milhões de euros (US$ 148 milhões) adicionais até 2012, para o que chamou de "esforços adiantados".
De Boer defendeu a criação de uma estrutura forte que dê voz a todos os países, com "capacidade de ação imediata".
Ao mesmo tempo ressaltou o papel que devem ter as economias emergentes, como Brasil, México ou China, que se mostraram ambiciosos na hora de limitar suas emissões, mas também os EUA, país do qual destacou a mudança de rumo efetuada pela Administração do presidente Barack Obama.
Nesse sentido, ressaltou que os EUA devem começar a fixar seus alvos a longo prazo e aceitar o consenso sobre a redução das emissões de gases que agravam o efeito estufa, para, da mesma forma que o resto de países desenvolvidos, ganhar a "fé e o respeito" da comunidade internacional.
A delegação americana não quis fazer referência a um possível acordo sobre a redução das emissões de gases poluentes, mas por enquanto preferiu referir-se à necessidade de chegar a um pacto global que inclua elementos que vão desde a transposição de tecnologias de mitigação e adaptação ao financiamento destes programas.
Brasil decide nesta terça (3) sobre proposta que levará à Conferência do Clima
O governo brasileiro deve decidir nesta terça-feira (3) quanto o país está disposto a reduzir das emissões nacionais de gases de efeito estufa. O número será apresentado pela delegação brasileira na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), em Copenhague, em dezembro.
O único ponto definido até agora é o objetivo de reduzir o desmatamento da Amazônia em 80% até 2020. O Ministério do Meio Ambiente defende redução de 40% das emissões até 2020. Os ministérios da Ciência e Tecnologia e das Relações Exteriores – encarregado da negociação diplomática – têm ressalvas a compromissos mais ousados sem que haja contrapartida à altura por parte dos países desenvolvidos.
Advertência foi feita pelo secretário-executivo da Convenção do Clima da ONU, Yvo de Boer. Brasil deve decidir nesta terça-feira (3) sobre a proposta que levará a Copenhague.
REDAÇÃO ÉPOCA, COM EFE E AGÊNCIA BRASIL
Yvo De Boer participa em Barcelona da última reunião preparatória à conferência que a ONU realizará em Copenhague, em dezembro. O encontro deverá produzir acordos "claros" que sirvam para dar continuidade ao Protocolo de Kioto, assinado em 1997 por 184 países, entre os quais não estão os EUA.
O responsável da ONU não acredita que a reunião em Barcelona, com mais de 4 mil delegados de 181 países, tenha resultados "espetaculares", mas ele confia em que ajudará a criar a "arquitetura básica" para Copenhague. O atual acordo sobre emissões de dióxido de carbono (CO2) vence em 2012 e a maior parte de seus compromissos segue vigente.
Nesse sentido, disse que os delegados só têm cinco dias de negociações para oferecer propostas concretas e viáveis para todos os Estados, tanto os ricos quanto os em vias de desenvolvimento.
As emissões per capita de gases que agravam o efeito estufa são muitos menores nos países pobres, por isso os delegados pedem ajuda financeira para reduzir a liberação poluente na atmosfera sem perder capacidade de crescimento.
De Boer afirmou que entre os aspectos fundamentais para se chegar a um acordo está um compromisso ambicioso da redução de emissões dos países desenvolvidos que, segundo o relatório de avaliação de especialistas sobre a mudança climática da ONU, deveria ser de entre 25% e 40% frente aos números registrados em 1990, e que cada país assuma objetivos individuais até 2030.
Além disso, insistiu em que o acordo deverá reunir medidas de mitigação para os países em desenvolvimento, compromisso no qual também devem estar envolvidos os países ricos, que devem ajudar a financiar o processo, sem que estas ajudas danifiquem programas de cooperação, como temem as economias em desenvolvimento.
De Boer afirmou que o respaldo financeiro e tecnológico para mitigar o aquecimento global deveria sair da reunião de Copenhague com uma verba inicial de US$ 10 bilhões (o valor global ronda os US$ 250 bilhões até 2020) e antecipou que deverá apoiar-se especialmente na luta contra o desmatamento.
Neste sentido, destacou o anúncio feito hoje pela vice-presidente do Governo espanhol, María Teresa Fernández de la Vega, de que a Espanha fornecerá 100 milhões de euros (US$ 148 milhões) adicionais até 2012, para o que chamou de "esforços adiantados".
De Boer defendeu a criação de uma estrutura forte que dê voz a todos os países, com "capacidade de ação imediata".
Ao mesmo tempo ressaltou o papel que devem ter as economias emergentes, como Brasil, México ou China, que se mostraram ambiciosos na hora de limitar suas emissões, mas também os EUA, país do qual destacou a mudança de rumo efetuada pela Administração do presidente Barack Obama.
Nesse sentido, ressaltou que os EUA devem começar a fixar seus alvos a longo prazo e aceitar o consenso sobre a redução das emissões de gases que agravam o efeito estufa, para, da mesma forma que o resto de países desenvolvidos, ganhar a "fé e o respeito" da comunidade internacional.
A delegação americana não quis fazer referência a um possível acordo sobre a redução das emissões de gases poluentes, mas por enquanto preferiu referir-se à necessidade de chegar a um pacto global que inclua elementos que vão desde a transposição de tecnologias de mitigação e adaptação ao financiamento destes programas.
Brasil decide nesta terça (3) sobre proposta que levará à Conferência do Clima
O governo brasileiro deve decidir nesta terça-feira (3) quanto o país está disposto a reduzir das emissões nacionais de gases de efeito estufa. O número será apresentado pela delegação brasileira na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), em Copenhague, em dezembro.
O único ponto definido até agora é o objetivo de reduzir o desmatamento da Amazônia em 80% até 2020. O Ministério do Meio Ambiente defende redução de 40% das emissões até 2020. Os ministérios da Ciência e Tecnologia e das Relações Exteriores – encarregado da negociação diplomática – têm ressalvas a compromissos mais ousados sem que haja contrapartida à altura por parte dos países desenvolvidos.
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segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Eólicas domésticas ajudam a diminuir conta da electricidade
http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1406981&seccao=Biosfera
Pode correr apenas uma leve brisa ou um vento mais forte, mas uma coisa é certa: é possível aproveitá-los para produzir energia. As eólicas domésticas estão cada vez mais eficientes e mostram-se uma boa solução para poupar. São excelentes para complementar as falhas dos painéis solares, gerando electricidade. E ainda podem tornar-se boa fonte de receita.
São silenciosos, eficientes, mesmo com pouco vento, e até o primeiro- -ministro José Sócrates tem um na residência de São Bento. São os aerogeradores (ou eólicas) domésticos que, dependendo da força do vento, podem fazer com que nunca mais gaste dinheiro em electricidade na sua casa.
"São mais pequenos, mas têm a eficiência energética das grandes eólicas", explica ao DN Ana Estanqueiro, directora do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG - antigo INETI, Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação), que desenvolveu o aerogerador doméstico português: o Turban.
O modo de funcionamento destes aparelhos é simples: A energia do vento faz girar as pás da turbina que por sua vez fazem rodar um eixo. Este eixo põe em funcionamento o gerador, onde campos magnéticos convertem a energia rotacional em electricidade.
Mas nem todos os locais são bons para colocar uma eólicadoméstica: "Se viver fora de Lisboa ou Porto, grande centros habitacionais, deve optar pelo modelo horizontal. Se morar em grandes cidades, o vertical será o mais adequado", explica a directora do LNEG. Na cidade, a variação da direcção do vento é muito elevada devido à dimensão dos edifícios e dos inúmeros obstáculos. Isto faz com que o modelo vertical ["aquele que parece uma batedeira"] seja mais adequado, pois, apesar de ser menos eficiente, lida melhor com estas variações. Fora das cidades, o vento corre livremente e os aerogeradores horizontais ["semelhantes às ventoinhas"] aproveitam melhor a sua força.
"Portugal é um dos países com legalização relativa à microprodução doméstica. Se o preço dos aerogeradores forem acessíveis, as famílias podem tornar-se produtoras de electricidade e, dependendo da eficiência do vento, podem nunca mais pagar nenhuma conta de electricidade", explica Ana Estanqueiro.
Mas quanto custa, afinal, um aparelho destes? O Turban, que ainda não está à venda - Ana Estanqueiro diz que existem cinco empresas interessadas no projecto do LNEG que o deverão comercializar em 2010 - tem um preço de protótipo de 7 mil euros, com uma potência de 2,5 kilowatts.
José Fernandes, da empresa Renováveis Minho diz que o aerogerador mais barato que vende custa mil euros e tem uma potência de 200 watts. Alerta ainda para a localização dos mesmos: "Deve ser colocado a altitudes superiores a 800 metros, onde a média de ventos é superior. Também convém não ter obstáculos como árvores à frente", sublinha.
Quem não parece descontente com o seu aerogerador é José Sócrates: "Colocamos um Turban no jardim da casa de São Bento [em Novembro de 2007] e até agora tem funcionado sem problemas", conta Ana Estanqueiro. "Como este projecto foi financiado pela Agência de Inovação, o primeiro-ministro quis instalar um na sua habitação", acrescenta. Segundo os cálculos do LNEG, o Turban tem uma eficiência que faz com que fique pago, na pior das hipóteses e com uma instalação em local correcto, em seis a sete anos. Se a sua zona for ventosa, então este período pode baixar para quatro anos.
Outra forma de rentabilizar o investimento, mesmo em dias sem vento, é instalar uma sistema híbrido, eólica mais solar. "Assim aproveita o sol mais próprio do Verão e no Inverno a energia passa a ser recolhida apenas pelo vento. "As zona de Trás-os-Montes, costa alentejana, oeste e algarvia são as melhores zonas para híbridos", conclui.
Pode correr apenas uma leve brisa ou um vento mais forte, mas uma coisa é certa: é possível aproveitá-los para produzir energia. As eólicas domésticas estão cada vez mais eficientes e mostram-se uma boa solução para poupar. São excelentes para complementar as falhas dos painéis solares, gerando electricidade. E ainda podem tornar-se boa fonte de receita.
São silenciosos, eficientes, mesmo com pouco vento, e até o primeiro- -ministro José Sócrates tem um na residência de São Bento. São os aerogeradores (ou eólicas) domésticos que, dependendo da força do vento, podem fazer com que nunca mais gaste dinheiro em electricidade na sua casa.
"São mais pequenos, mas têm a eficiência energética das grandes eólicas", explica ao DN Ana Estanqueiro, directora do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG - antigo INETI, Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação), que desenvolveu o aerogerador doméstico português: o Turban.
O modo de funcionamento destes aparelhos é simples: A energia do vento faz girar as pás da turbina que por sua vez fazem rodar um eixo. Este eixo põe em funcionamento o gerador, onde campos magnéticos convertem a energia rotacional em electricidade.
Mas nem todos os locais são bons para colocar uma eólicadoméstica: "Se viver fora de Lisboa ou Porto, grande centros habitacionais, deve optar pelo modelo horizontal. Se morar em grandes cidades, o vertical será o mais adequado", explica a directora do LNEG. Na cidade, a variação da direcção do vento é muito elevada devido à dimensão dos edifícios e dos inúmeros obstáculos. Isto faz com que o modelo vertical ["aquele que parece uma batedeira"] seja mais adequado, pois, apesar de ser menos eficiente, lida melhor com estas variações. Fora das cidades, o vento corre livremente e os aerogeradores horizontais ["semelhantes às ventoinhas"] aproveitam melhor a sua força.
"Portugal é um dos países com legalização relativa à microprodução doméstica. Se o preço dos aerogeradores forem acessíveis, as famílias podem tornar-se produtoras de electricidade e, dependendo da eficiência do vento, podem nunca mais pagar nenhuma conta de electricidade", explica Ana Estanqueiro.
Mas quanto custa, afinal, um aparelho destes? O Turban, que ainda não está à venda - Ana Estanqueiro diz que existem cinco empresas interessadas no projecto do LNEG que o deverão comercializar em 2010 - tem um preço de protótipo de 7 mil euros, com uma potência de 2,5 kilowatts.
José Fernandes, da empresa Renováveis Minho diz que o aerogerador mais barato que vende custa mil euros e tem uma potência de 200 watts. Alerta ainda para a localização dos mesmos: "Deve ser colocado a altitudes superiores a 800 metros, onde a média de ventos é superior. Também convém não ter obstáculos como árvores à frente", sublinha.
Quem não parece descontente com o seu aerogerador é José Sócrates: "Colocamos um Turban no jardim da casa de São Bento [em Novembro de 2007] e até agora tem funcionado sem problemas", conta Ana Estanqueiro. "Como este projecto foi financiado pela Agência de Inovação, o primeiro-ministro quis instalar um na sua habitação", acrescenta. Segundo os cálculos do LNEG, o Turban tem uma eficiência que faz com que fique pago, na pior das hipóteses e com uma instalação em local correcto, em seis a sete anos. Se a sua zona for ventosa, então este período pode baixar para quatro anos.
Outra forma de rentabilizar o investimento, mesmo em dias sem vento, é instalar uma sistema híbrido, eólica mais solar. "Assim aproveita o sol mais próprio do Verão e no Inverno a energia passa a ser recolhida apenas pelo vento. "As zona de Trás-os-Montes, costa alentejana, oeste e algarvia são as melhores zonas para híbridos", conclui.
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